Ranking do Poder Militar na
América do Sul - 2009 / 2010

O presente
estudo foi elaborado utilizando-se uma metodologia exclusiva
desenvolvida pelo Military Power Review, onde foram analisados fatores
militares, econômicos e geopolíticos de cada país, atribuindo-se pontos e um
peso para cada item de acordo com sua importância, que em sua totalidade
refletiram a escala de poder das principais nações
sul-americanas:
País
|
Exército(pontos)
|
Marinha (pontos)
|
Força Aérea
(pontos) |
Efetivos
/ Pop. (pontos) |
G.M. / PIB
(pontos) |
EDN
(pontos) |
P.E.
(pontos) |
Total
de pontos |
Ranking
|
Brasil
|
289
|
139
|
272
|
10
|
40
|
35
|
35
|
820
|
1º
|
Chile
|
201
|
94
|
108
|
40
|
50
|
33
|
15
|
541
|
2º
|
Peru
|
199
|
96
|
106
|
30
|
30
|
5
|
15
|
481
|
3º
|
Colômbia
|
80
|
62
|
170
|
40
|
50
|
15
|
15
|
432
|
4º
|
Argentina
|
143
|
93
|
71
|
10
|
20
|
10
|
25
|
372
|
5º
|
Venezuela
|
86
|
63
|
105
|
20
|
30
|
18
|
15
|
337
|
6º
|
Equador
|
48
|
41
|
32
|
20
|
30
|
-10
|
10
|
171
|
7º
|
©
www.militarypower.com.br
|
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Análise: |
A grave crise
econômica mundial deixou profundas seqüelas na já combalida situação financeira
de diversos países de nosso continente, que tentam agora retomar o caminho do
crescimento e estabilização de suas economias. O Brasil talvez tenha sido, a
nível global, um dos menos atingidos e que mais rapidamente conseguiu sair dela.
Em 2011, terá um novo presidente após oito anos de governo de Luiz Inácio Lula
da Silva. O Chile também tem novo presidente, assim como a Colômbia, o que
sempre traz incertezas sobre como será conduzida a Defesa, já que as prioridades
e interesses de um governo não são necessariamente as mesmas do governo que
assume um novo mandato. No Peru o movimento guerrilheiro Sendero Luminoso, que
parecia desmobilizado, volta a promover atentados e a trazer preocupaçãoàs
autoridades, que estão reforçando algumas unidades militares para fazer frente a
esta ameaça. A Colômbia, sempre com o apoio dos Estados Unidos, está conseguindo
infringir sérios danos à estrutura das FARC, eliminando seus principais líderes
e desmobilizando boa parte de suas forças. Hugo Chavez continua tentando
disseminar sua "revolução bolivariana", mas apesar de conseguir conquistar fiéis
seguidores como os presidentes da Bolívia e do Equador, tudo não tem passado de
uma mera figura de retórica, pura ilusão de um ditador populista. Infelizmente,
mesmo analisando a situação das Forças Armadas do continente a cada dois anos,
constatamos poucas mudanças seja em termos qualitativos ou quantitativos. Esta
situação pode ser explicada primeiramente pelo longo período de maturação dos
contratos militares, já que a maioria dos armamentos só são entregues aos
operadores cerca de três a cinco anos após assinados os termos de aquisição, e
segundo porque os recursos para tal são sempre excassos nos orçamentos de Defesa
dos países da região.
Na presente
análise incluímos um novo fator: o grau de obsolescência dos equipamentos que
procura refletir o tempo de uso, a vida útil restante e a grande quantidade de
armamentos de segunda mão existentes em todas as Forças Armadas sul-americanas,
que possuem em comum um orçamento sempre insuficiente para as suas necessidades.
O Brasil continua liderando o ranking com certa vantagem sobre os demais, por
conta ainda do tamanho de seu aparato militar, mas também devido aos
investimentos que têm sido feitos no reaparelhamento das três Armas nos últimos
dois anos. O Chile mantém o 2º lugar, sempre fazendo investimentos racionais,
buscando modernizar e profissionalizar suas FFAA. O Peru conseguiu assegurar a
3ª posição do ranking anterior, com poucas novidades em aquisição de material
novo, mas se esforçando para modernizar parte de seu inventário. A surpresa do
período foi a Colômbia que obteve um excepcional 4º lugar, graças a pesada ajuda
americana, suplantando a Argentina, que agora "amarga" uma simples 5ª posição,
extremamente decepcionante para um país que outrora rivalizava com o Brasil, o
que reflete o total descaso dos governos pós regime militar com a pasta da
Defesa. A Venezuela não ganhou posições como se esperava, embora venha fazendo
grandes investimentos na aquisição de armas de origem russa e chinesa,
principalmente. O Equador vive uma situação econômica difícil, o que o dificulta
até manter operacional o pouco material bélico de que dispõe.
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Situação atual e perpectivas: |
![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Inalterado o intercâmbio entre as diversas Forças Armadas do continente através de operações e exercícios aéreos conjuntos, como COLBRA (Colômbia/Brasil), VENBRA (Venezuela/Brasil), PRATA (Argentina/Brasil), PERBRA (Peru/Brasil) e CRUZEX, que ajudam a padronizar os procedimentos e estreitar os laços de amizade entre as Forças Aéreas. |
Notas
importantes:
> Exército: pontuaram tanques pesados (MBT), blindados 6x6 e 8x8 artilhados, blindados de transporte de tropas, canhões autopropulsados e helicópteros.
> Marinha: pontuaram navios-aeródromos, submarinos, fragatas, corvetas, navios de patrulha, helicópteros e aviões de esclarecimento marítimo/patrulha/anti-submarinos.
> Força Aérea: pontuaram aviões AEW&C/SR, caças, aviões de ataque (a jato), aviões leves de treinamento/ataque, aeronaves de transporte/reabastecimento em vôo e helicópteros.
> Efetivos / Pop. = índice do total de efetivos das três Armas em relação à população do país. Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos).
> G.M./ PIB = índice dos gastos militares em relação ao Produto Interno Bruto(PIB). Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos).> EDN = Estratégia de Defesa Nacional: considerou-se planejamento de longo prazo, vontade política, interesse no fortalecimento das Forças Armadas, indústria bélica e Política de Defesa Nacional.
> P.E. = Projeção Estratégica: considerou-se a população total, área do país, efetivos militares, Produto Interno Bruto (PIB), capacidade de mobilização e atuação em missões de paz da ONU.
> Nota do editor (1): A partir da edição 2008, alteramos a pontuação de alguns equipamentos para que refletissem melhor a sua importância, o que fez a pontuação final de cada país aumentar em relação aos resultados de 2004 e 2006.
> Nota do editor (2): A partir da edição 2010, resolvemos ponderar o estágio atual da indústria e o grau de obsolescência dos armamentos, com o intuito de melhor refletir o real poder de disuassão de cada país.
> Exército: pontuaram tanques pesados (MBT), blindados 6x6 e 8x8 artilhados, blindados de transporte de tropas, canhões autopropulsados e helicópteros.
> Marinha: pontuaram navios-aeródromos, submarinos, fragatas, corvetas, navios de patrulha, helicópteros e aviões de esclarecimento marítimo/patrulha/anti-submarinos.
> Força Aérea: pontuaram aviões AEW&C/SR, caças, aviões de ataque (a jato), aviões leves de treinamento/ataque, aeronaves de transporte/reabastecimento em vôo e helicópteros.
> Efetivos / Pop. = índice do total de efetivos das três Armas em relação à população do país. Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos).
> G.M./ PIB = índice dos gastos militares em relação ao Produto Interno Bruto(PIB). Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos).> EDN = Estratégia de Defesa Nacional: considerou-se planejamento de longo prazo, vontade política, interesse no fortalecimento das Forças Armadas, indústria bélica e Política de Defesa Nacional.
> P.E. = Projeção Estratégica: considerou-se a população total, área do país, efetivos militares, Produto Interno Bruto (PIB), capacidade de mobilização e atuação em missões de paz da ONU.
> Nota do editor (1): A partir da edição 2008, alteramos a pontuação de alguns equipamentos para que refletissem melhor a sua importância, o que fez a pontuação final de cada país aumentar em relação aos resultados de 2004 e 2006.
> Nota do editor (2): A partir da edição 2010, resolvemos ponderar o estágio atual da indústria e o grau de obsolescência dos armamentos, com o intuito de melhor refletir o real poder de disuassão de cada país.
FONTE: www.militarypower.com.br