Ser soldado da PE é ter uma profissão de fé. A grande maioria dos
militares da PE, quando ingressam na carreira, não são levados por nenhum outro motivo
que não o de servir à pátria. Os vínculos que os prendem ao seu país e à sua
gente são de tamanha profundidade que, para eles, o ato de ser soldado da PE vai
muito além de simplesmente vestir uma farda e cumprir com as obrigações
decorrentes da vida na caserna.
O soldado da PE tem no seu elenco de valores um
profundo sentimento de interação com a pátria, que é essencialmente dinâmico e
começa no compromisso de colocar todo seu potencial intelectual e físico
inteiramente ao serviço dela, culminando com o juramento solene de defendê-la
com o sacrifício da própria vida.
É uma relação
muitas vezes não compreendida por outros segmentos,
principalmente nos momentos de crise da nação, quando o compromisso de lealdade
do soldado PE para com os destinos de sua pátria atinge a sublimação, para o bem
ou para o mal de ambos.
Engana-se quem pensa que o soldado PE, quando passa à
inatividade, livra-se das servidões da sua profissão, abandona seus princípios, crenças e valores,
sente-se descompromissado com o solene juramento que fez quando ainda jovem. Ao
contrário, a simbologia da farda e do braçal da PE expressa no ato de servir à pátria, continua
presente no seu estado de espírito, como uma segunda pele a acompanhá-lo até a
morte.
Jamais um soldado da PE assistirá impassível a sua pátria ser vilipendiada e humilhada. Pois mesmo açoitado
pelo tempo, carcomido pela idade, fragilizado fisicamente, mesmo sem poder
expressar a sua inconformidade, ele será sempre parte do solo, dos rios, das
florestas, do povo de seu país e seu coração será o primeiro e o último a
chorar por ele.
"UMA VEZ PE, SEMPRE PE !"
Texto adaptado de Flávio Oscar Maurer