quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ranking do Poder Militar na América do Sul - 2009 / 2010



O presente estudo foi elaborado utilizando-se uma metodologia exclusiva desenvolvida pelo Military Power Review, onde foram analisados fatores militares, econômicos e geopolíticos de cada país, atribuindo-se pontos e um peso para cada item de acordo com sua importância, que em sua totalidade refletiram a escala de poder das principais nações sul-americanas:

 
País
Exército(pontos)
Marinha (pontos)
Força Aérea
(pontos)
Efetivos
/ Pop.
(pontos)
G.M. / PIB
(pontos)
EDN
(pontos)
P.E.
(pontos)
Total
de
pontos
Ranking
Brasil
289
139
272
10
40
35
35
820
Chile
201
94
108
40
50
33
15
541
Peru
199
96
106
30
30
5
15
481
Colômbia
80
62
170
40
50
15
15
432
Argentina
143
93
71
10
20
10
25
372
Venezuela
86
63
105
20
30
18
15
337
Equador
48
41
32
20
30
-10
10
171
© www.militarypower.com.br
Análise:

A grave crise econômica mundial deixou profundas seqüelas na já combalida situação financeira de diversos países de nosso continente, que tentam agora retomar o caminho do crescimento e estabilização de suas economias. O Brasil talvez tenha sido, a nível global, um dos menos atingidos e que mais rapidamente conseguiu sair dela. Em 2011, terá um novo presidente após oito anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O Chile também tem novo presidente, assim como a Colômbia, o que sempre traz incertezas sobre como será conduzida a Defesa, já que as prioridades e interesses de um governo não são necessariamente as mesmas do governo que assume um novo mandato. No Peru o movimento guerrilheiro Sendero Luminoso, que parecia desmobilizado, volta a promover atentados e a trazer preocupaçãoàs autoridades, que estão reforçando algumas unidades militares para fazer frente a esta ameaça. A Colômbia, sempre com o apoio dos Estados Unidos, está conseguindo infringir sérios danos à estrutura das FARC, eliminando seus principais líderes e desmobilizando boa parte de suas forças. Hugo Chavez continua tentando disseminar sua "revolução bolivariana", mas apesar de conseguir conquistar fiéis seguidores como os presidentes da Bolívia e do Equador, tudo não tem passado de uma mera figura de retórica, pura ilusão de um ditador populista. Infelizmente, mesmo analisando a situação das Forças Armadas do continente a cada dois anos, constatamos poucas mudanças seja em termos qualitativos ou quantitativos. Esta situação pode ser explicada primeiramente pelo longo período de maturação dos contratos militares, já que a maioria dos armamentos só são entregues aos operadores cerca de três a cinco anos após assinados os termos de aquisição, e segundo porque os recursos para tal são sempre excassos nos orçamentos de Defesa dos países da região.
Na presente análise incluímos um novo fator: o grau de obsolescência dos equipamentos que procura refletir o tempo de uso, a vida útil restante e a grande quantidade de armamentos de segunda mão existentes em todas as Forças Armadas sul-americanas, que possuem em comum um orçamento sempre insuficiente para as suas necessidades. O Brasil continua liderando o ranking com certa vantagem sobre os demais, por conta ainda do tamanho de seu aparato militar, mas também devido aos investimentos que têm sido feitos no reaparelhamento das três Armas nos últimos dois anos. O Chile mantém o 2º lugar, sempre fazendo investimentos racionais, buscando modernizar e profissionalizar suas FFAA. O Peru conseguiu assegurar a 3ª posição do ranking anterior, com poucas novidades em aquisição de material novo, mas se esforçando para modernizar parte de seu inventário. A surpresa do período foi a Colômbia que obteve um excepcional 4º lugar, graças a pesada ajuda americana, suplantando a Argentina, que agora "amarga" uma simples 5ª posição, extremamente decepcionante para um país que outrora rivalizava com o Brasil, o que reflete o total descaso dos governos pós regime militar com a pasta da Defesa. A Venezuela não ganhou posições como se esperava, embora venha fazendo grandes investimentos na aquisição de armas de origem russa e chinesa, principalmente. O Equador vive uma situação econômica difícil, o que o dificulta até manter operacional o pouco material bélico de que dispõe.

Situação atual e perpectivas:

Brasil: a Força Aérea, até setembro de 2010, ainda não anunciou o escolhido no Projeto F-X2 e os três finalistas F-18E Super Hornet, Rafale C e Gripen NG aguardam com ansiedade a decisão final. Foi assinado o contrato para a montagem no país dos helicópteros de transporte franceses EC-725 Super Cougar, com uma encomenda inicial de 50 aeronaves, sendo 16 para cada uma das três Armas e 2 para transporte presidencial, com a primeira unidade prevista para o final de 2010. A modernização dos caças leves AMX / A-1 está em andamento e a primeira aeronave já foi entregue a Embraer. Três dos aviões de patrulha marítima Lockheed P-3 Orion deverão ser entregues ao serviço ativo em 2011, devido a atrasos provocados por problemas estruturais nas células. A FAB recebeu os primeiro lote de 03 helicópteros de ataque Mil Mi-35M russos, que já estão operacionais, aguardando a entrega do segundo lote. A Força Aérea também encomendou mais 4 unidades do helicóptero UH-60 Black Hawk, mais 8 unidades do avião de transporte CASA C-295 (C-105 Amazonas) e assinou um contrato com a Embraer para aquisição de 28 unidades do novo avião de transporte KC-390. O Exército Brasileiro assinou contrato para aquisição de 2.044 unidades, em várias versões, da família de veículos blindados de transporte sobre rodas VBTP, agora batizado de Guarani, tendo recebido também os dois primeiros lotes dos MBT Leopard 1A5. O Exército contratou a Helibrás para modernizar toda a frota de helicópteros HM-1 Pantera, estendendo sua vida útil por mais 15 anos e analisa a possibilidade de adquirir sistemas avançados de defesa anti-aérea. A Marinha assinou um mega contrato com a França para a construção no país de 4 submarinos da classe Scorpene e assistência técnica para a construção do casco resistente do primeiro submarino nuclear brasileiro. A construção dos navios patrulha NAPA 500 continua a pleno vapor e já estão adiantados os estudos para aquisição de pelos menos 5 fragatas de 6.000 ton., 5 navios OPV de 1.800 ton. e de um navio de apoio logístico de 20.000 ton.
Chile: a Força Aérea completou a dotação de 10 caças F-16C Block 50 novos de fábrica, incorporou outros 18 caças F-16A MLU usados da Holanda e finaliza um acordo para adquirir mais um lote de 18 aeronaves do mesmo modelo, também holandeses, para substituir os F-5E III. Estão sendo incorporadas as 12 aeronaves Embraer A-29 Super Tucano para treinamento e já opera os 12 helicópteros Bell 412EP adquiridos novos de fábrica. O Exército conclui o processo de incorporação dos MBT Leopard 2A4 e dos veículos blindados belgas YPR 765 (baseado no M-113), estuda a adoção de um uniforme padrão, tipo pixelizado, e o aumento do número de efetivos profissionais. Recentemente foram adquiridas 3 baterias do sistema de defesa anti-aérea NASAMS, cerca de 40 blindados 8x8 Stryker para os Fuzileiros Navais, duas aeronaves KC-135E para transporte e REVO e 4 aviões de patrulha marítima C-295MPA. Há uma expectativa quanto à aquisição de cinco helicópteros de emprego geral Mil Mi-17SP. Os chilenos acertaram a participação no projeto do novo avião de transporte Embraer KC-390, podendo adquirir pelo menos 6 unidades do modelo.

Peru: contratou junto a empresas russas a modernização de seus caças Mig-29 e dos helicópteros Mil Mi-17. Foram incorporados dois navios de apoio tipo LST ex-US Navy e prossegue a fabricação de 12 barcos patrulha MGP-PC-2003. Há urgência na substituição dos MBT russos T-55, estudando-se várias opções no mercado inclusive de tanques chineses. Foram adquiridos dois aviões de patrulha marítima Fokker 60MPA dos estoques da Holanda. Para reforçar o combate aos guerrilheiros do Sendero Luminoso o governo encomendou oito helicópteros russos novos, sendo 2 Mil Mi-35P de ataque e 6 Mil Mi-17SP para transporte.

Argentina: contratou a modernização dos helicópteros UH-1 e das aeronaves leves de ataque IA-58 Pucará, o que extenderá sua vida útil por pelo menos mais dez anos. A construção de dois navios OPV de 1.800 do mesmo modelo adotado pelo Chile e pela Colômbia, está em andamento. Para operação na Antártida foram adquiridas duas unidades do helicóptero russo Mil Mi-17V. As autoridades finalizam a participação no projeto do novo avião de transporte Embraer KC-390, com perspectivas de adquirir até 5 unidades do modelo.

Colômbia: está sendo incorporados mais 15 helicópteros UH-60L Black Hawk, sendo alguns convertidos para o padrão Arpia IV armados com metralhadoras pesadas Gatling GAU-19 e lança-foguetes M260. Foram adquiridos cerca de 40 veículos blindados americanos Guardian 4x4 para o Exército, além de 22 canhões franceses Nexter LG1 Mk.III de calibre 155 mm. Foram incorporados três novos aviões de patrulha marítima CN-235MPA e estão em construção dois navios OPV de 1.800 ton. Iniciou-se a fabricação local do fuzil de assalto Galil ACE, sob licença israelense, com encomenda de um lote inicial de 19.000 unidades. A Força Aérea adquiriu 13 aeronaves usadas Kfir C10 dos estoques de Israel para recompor sua aviação de caça. O governo colombiano acertou a participação no projeto do novo avião de transporte Embraer KC-390, podendo adquirir até 12 unidades do modelo.

Venezuela: estuda uma nova aquisição de mais 24 caças Sukhoi SU-30 na versão BM, a mais avançada. Assinou com a Rússia um contrato de US$ 2 bilhões que inclui a compra de 4 submarinos do tipo 636, 10 aviões de transporte Ilyushin 76MD-90, 2 reabastecedores Ilyushin 78Mk e 10 helicópteros de ataque Mil Mi 28NE. Adquiru 4 baterias do sistema de defesa anti-aérea russo Tor-M1 9M330, integrando-os aos 12 radares tridimensionais chineses JLY-1 3D adquiridos anteriormente. Os submarinos da classe IKL 209 serão modernizados. A Força Aérea incorporou 18 unidades da aeronave de treinamento chinesa K-8 e estuda adquirir mais 22 unidades. O Exército finaliza a compra de cerca de 100 MBT russos T-72 e T-90, além de veículos blindados de transporte de tropas sobre rodas ou esteiras.

Equador: não foram feitas aquisições significativas de equipamento, limitando-se a manter em boas condições e operar o material existente. Foram adquiridas 18 aeronaves A-29 Super Tucano novas de fábrica, além de dez caças Mirage 50M e nove caças Cheetah-C usados.

Inalterado o intercâmbio entre as diversas Forças Armadas do continente através de operações e exercícios aéreos conjuntos, como COLBRA (Colômbia/Brasil), VENBRA (Venezuela/Brasil), PRATA (Argentina/Brasil), PERBRA (Peru/Brasil) e CRUZEX, que ajudam a padronizar os procedimentos e estreitar os laços de amizade entre as Forças Aéreas.



Notas importantes:

>
Exército: pontuaram tanques pesados (MBT), blindados 6x6 e 8x8 artilhados, blindados de transporte de tropas, canhões autopropulsados e helicópteros.
> Marinha: pontuaram navios-aeródromos, submarinos, fragatas, corvetas, navios de patrulha, helicópteros e aviões de esclarecimento marítimo/patrulha/anti-submarinos.
> Força Aérea: pontuaram aviões AEW&C/SR, caças, aviões de ataque (a jato), aviões leves de treinamento/ataque, aeronaves de transporte/reabastecimento em vôo e helicópteros.
> Efetivos / Pop. = índice do total de efetivos das três Armas em relação à população do país. Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos).
> G.M./ PIB = índice dos gastos militares em relação ao Produto Interno Bruto(PIB). Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos).
> EDN = Estratégia de Defesa Nacional: considerou-se planejamento de longo prazo, vontade política, interesse no fortalecimento das Forças Armadas, indústria bélica e Política de Defesa Nacional.
> P.E. = Projeção Estratégica: considerou-se a população total, área do país, efetivos militares, Produto Interno Bruto (PIB), capacidade de mobilização e atuação em missões de paz da ONU.
> Nota do editor (1): A partir da edição 2008, alteramos a pontuação de alguns equipamentos para que refletissem melhor a sua importância, o que fez a pontuação final de cada país aumentar em relação aos resultados de 2004 e 2006.
> Nota do editor (2): A partir da edição 2010, resolvemos ponderar o estágio atual da indústria e o grau de obsolescência dos armamentos, com o intuito de melhor refletir o real poder de disuassão de cada país.


FONTE: www.militarypower.com.br    

sábado, 19 de maio de 2012

PE participa de ação na fronteira

O Pelotão de Fuzileiros do 58º BIMtz que se encontra destacado na Base de Corixa, situada na localidade de CORIXA, na fronteira BRASIL-BOLÍVIA, iniciou seus trabalhos, na última terça-feira, estabelecendo um PBCE no final da Rodovia Estadual MT-070.

Dando prosseguimento as ações contra os crimes ambientais e ilícitos transfronteiriços, os militares do 58º BIMtz em conjunto com policiais miliatres e agentes da Defesa Civil de Cáceres realizaram um Posto de Bloqueio e Controle de Estrada-PBCE na Rodovia 174-MT, utilizando o Posto da Policia Rodoviária Federal-PRF. Nesta ação foi empregado o cão farejador do 13º Pelotão de Policia do Exército para auxiliar nas buscas por substâncias ilícitas.

Fonte: Site 58 BIMTZ

domingo, 13 de maio de 2012


História da Infantaria
A Infantaria é a mais antiga arma do Exército e geralmente dotada dos maiores efetivos, formada por soldados que podem combater em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transportepara serem levados à frente de combate. Sua principal missão é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade de progredir em pequenas frações, de difícil detecção e grande mobilidade. A infantaria contemporânea frequentemente emprega o pricípio de Fogo e Movimento para atingir uma posição dominante em relação àquela do inimigo. A Infantaria moderna segue uma organização que divide as tropas de infantes agrupando-os em unidades chamadas de divisões, brigadas, batalhões, companhias e pelotões.
A infantaria com seus combatentes, os infantes, desde a antiguidade, sempre foram a principal força combativa de um exército. Uma notável exceção foram as sociedades nômades, como os hunos ou mongóis, que lutavam basicamente com soldados montados a cavalo.
A infantaria tradicional teve suas origens nos combatentes gregos e romanos, que lutavam em grupos compactos, armados de espadas e lanças e protegidos por couraças e elmos metálicos.
A legião romana aperfeiçoou a organização da infantaria em unidades e subunidades, o que hoje é base da organização dos exércitos modernos. Uma legião era dividida em dez coortes, por sua vez divididas em um número variável de centúrias, que eram compostas por cerca de cem homens cada. Ao total, a variar em função do período histórico, a legião romana podia ter entre 3 mil a 6 mil homens.
Com o surgimento das armas de fogo, ao final da Idade Média, a infantaria passou a ter organização tática e emprego diferente, sendo empregada em linhas contínuas de atiradores, lado a lado que se contrapunham à outra linha, em frente, do inimigo. Como as armas da época, os mosquetes e arcabuzes, tinham uma cadência de tiro muito lenta, os atiradores eram complementados por outras tropas armadas com armas brancas, longas lanças, chamadas piques. Com o passar do tempo as armas de fogo foram sendo aperfeiçoadas e os piqueiros foram desaparecendo gradualmente, sendo que o seu papel foi substituído pela baioneta, uma lâmina afiada que é adaptada na boca dos fuzis e serve para o combatente proceder o combate corpo-a-corpo.
A evolução e aumento da capacidade das armas de fogo fez com que a infantaria deixasse de ser empregada em linhas de atiradores. O desenvolvimento da artilharia, no século XIX, quando as armas passaram a ter maior alcance e maior número de disparos por minuto, também contribuiu para que o emprego da infanteria fosse alterado.
Na Guerra de Secessão, Guerra do Paraguai e Guerra Franco-Prussiana, os infantes passaram de atuar somente em linha e passaram cavar trincheiras para a proteção. A Primeira Guerra Mundial ficou conhecida como a “guerra das trincheiras” pois o maior poder de fogo da artilharia e das metralhadoras barrou o movimento da infantaria. Apesar de, durante a Segunda Guerra Mundial, os carros de combate da cavalaria passarem a ter um papel importante nas grandes ofensivas, a infantaria ainda era a mais numerosa das armas e responsável pela ocupação e manutenção do terreno tomado ao inimigo. Ao ser transportada em veículos, ela passou a ser conhecida como infantaria motorizada ou mecanizada.
Uma forma especializada da infantaria é o fuzileiro naval, cujo transporte é feito pelas marinhas em navios de guerra especialmente preparados para o desembarque, além de contar com carros anfíbios que podem sair do mar diretamente para a terra em condições de combate.
UNIFORMES
No tempo das guerras de Napoleão Bonaparte, de 1769 a 1821, os soldados possuíam uniformes vistosos e coloridos,como as roupas dos nobres da moda para serem reconhecidos pelos pares e se distinguir do inimigo na confusão do campo de batalha. Com o passar do tempo e a evolução das armas e das técnicas de guerra os uniformes passaram a ser de cores que os confundissem com o ambiente de entorno, o que ficou conhecido com uniforme camuflado.
Organização
A Infantaria é notável pela sua confiança em formações organizadas para serem empregues em combate. Estas têm vindo a ser desenvolvidas ao longo dos tempos, mas continuam a ser a peça chave no emprego da Infantaria. Até ao século XX as unidades de Infantaria eram, na maioria, empregues em formações cerradas até ao último momento. Estas eram necessárias para permitir aos comandantes manterem o controlo da unidade, especialmente durante a manobra, bem como para os oficias poderem manter a disciplina nas fileiras.
Com o desenvolvimento de armas com maior poder de fogo, foi necessário dispersar a Infantaria pelo terreno. Isto tornou as unidades menos vulneráveis às armas de fogo rápido e de maior poder explosivo. A partir da Primeira Guerra Mundial chegou-se à conclusão que a Infantaria seria empregue com mais sucesso aproveitando a sua capacidade para manobrar em terreno restrito e a sua capacidade de evitar a detecção, coisa impossível às outras armas. A descentralização de comando foi possível através do aperfeiçoamento do equipamento de comunicações e na maior focalização no treino de pequenas unidades.
Missões
A função mais importante da Infantaria tem sido como força primária de um exército. É a Infantaria que, em última análise, decide se o terreno foi tomado e é a sua presença que assegura o controle do território. Enquanto que as táticas de emprego foram mudadas, a missão básica da Infantaria não o foi.
Ataque é a operação mais básica da Infantaria e, juntamente com a defesa, forma uma das duas missões primárias da arma no campo de batalha. Tradicionalmente, num confronto em campo aberto, dois exércitos irão manobrar em direcção ao contacto, no qual as suas tropas de infantaria e das outras armas irão opor-se. Então, uma ou duas irão avançar e tentar derrotar a força inimiga. O objectivo de um ataque mantém-se: avançar contra as posições ocupadas pelo inimigo, desalojá-lo e, então, estabelecer o controlo do objectivo. Os ataques são, muitas vezes, temidos pela Infantaria que os conduz em virtude do alto número de baixas sofridas durante o avanço sob o fogo inimigo. Os ataques com sucesso baseiam-se numa força suficiente, reconhecimento e bombardeamento de preparação e manutenção da coesão da unidade durante a sua execução.
Defesa é a operação natural de contra-ataque, na qual a missão é aguentar um objectivo e derrotar as forças inimigas que o procuram tomar. a postura defensiva oferece numerosas vantagens à Infantaria, incluindo a habilidade no aproveitamento e preparação do terreno, incluindo a construção de fortificações para reduzir a exposição ao fogo inimigo. Uma defesa eficiente baseia-se na minimização das baixas provocadas pelo fogo inimigo, quebra da coesão das forças inimigas antes da finalização do completo e prevenção da penetração inimiga nas posições defensivas.
Patrulha é a missão mais comum da Infantaria. Ataques em larga escala e esforços defensivos são muito ocasionais, mas as patrulhas são constantes. As patrulhas consistem em pequenos grupos de infantaria movendo-se através de zonas onde existe actividade inimiga com vista a descobrir o seu posicionamento e com vista a emboscar as próprias patrulhas inimigas. As patrulhas são usadas não só nas áreas avançadas, mas também na retaguarda, onde as infiltrações inimigas são possíveis.
Perseguição é a função que a Infantaria assume muitas vezes. O objectivo das operações de perseguição é a destruição das forças inimigas que já não são capazes de fazer frente às unidades amigas, antes que elas possam recuperar e reconstituir a sua força, tornando-se novamente eficientes. A Infantaria, tradicionalmente no passado, era a força principal para destruir as unidades inimigas nesta situação. No combate moderno a Infantaria é usada na perseguição de forças inimigas em terreno restrito, sobretudo em áreas urbanas, onde forças mais rápidas, como as blindadas, são incapazes de manobrar ou de evitarem ser emboscadas.
Escolta consiste na protecção de outras unidades contra emboscadas, particularmente da Infantaria inimiga. Esta é uma das mais importantes missões da Infantaria moderna, em particular quando opera junto com veículos blindados. Nesta sua capacidade, a Infantaria basicamente conduz patrulhas em movimento, batendo o terreno que possa ocultar forças inimigas à espera de emboscar blindados amigos e identificando posições inimigas que possam ser atacadas por unidades mais pesadas.
Manobra estas operações consumem a maioria do tempo de uma unidade de Infantaria. A Infantaria, tal como todas as unidades de combate, muitas vezes manobram no campo de batalha, sob ataque inimigo. A Infantaria tem que manter a coesão e a prontidão durante o movimento para assegurar a sua efectividade no momento em que atinge o objectivo. Tradicionalmente a Infantaria baseou-se nas próprias pernas para a mobilidade, mas actualmente utiliza veículos motorizados e blindados para se transportar.
Reserva missões deste tipo implicam o emprego da Infantaria na retaguarda, mantendo operações de patrulha e segurança para evitar a infiltração do inimigo. Esta é, normalmente, a melhor altura para as unidades de Infantaria integrarem os recompletamentos às suas unidades, bem como para procederem à manutenção do seu equipamento. Além disso, os soldados podem descansar melhorando a sua prontidão futura. Contudo, a unidade tem que estar pronta para emprego a qualquer instante.
Construções podem ser levadas a cabo quer na retaguarda quer na frente e consistem no uso das tropas de Infantaria como mão de obra para a construção de posições no terreno, estradas, pontes, campos de aviação e outras infraestruturas. À Infantaria é, muitas vezes, dada esta tarefa devido à quantidade de efectivos das suas unidades. Esta missão pode, no entanto, baixar o morar da unidade e limitar a sua capacidade para manter a prontidão e poder desempenhar outras missões.
Defesa de pontos chave acontece quando as unidades de Infantaria são encarregadas de proteger determinados pontos como postos de comando ou bases.
fonte: internet

DIA DA INFANTARIA


NOBRE INFANTARIA - 24 de Maio

Somos esses infantes, que, na marcha para o desafio, não nos importamos com as dificuldades. A nossa missão é superar limites. Arma de homens sem medo, que cantam ameaçadoras canções e, assim, se esquecem de si e fazem a perfeita comunhão entre o fuzil, o alvo e a vitória.

O mito da Infantaria se construiu ao longo de milênios, sendo a principal e mais antiga Arma do Exército. Alexandre da Macedônia com seus infantes, bem treinados, formava a falange, estrutura de combater que corroborou de forma decisiva para a consolidação do maior império que o mundo já havia visto: 30 mil homens eram suficientes para derrotar 110 mil inimigos. Nobreza igual foi realizada pelos infantes de Roma, os legionários. O poder da Infantaria foi traduzido nas palavras de Napoleão: “Floresce ou perece uma nação segundo o seu exército; vive ou morre o exército segundo o valor de sua infantaria".
Se falam que a Infantaria é a Arma dos primeiros a morrer, saibam que, assim como nos inspira e exemplifica Sampaio, que em Tuiuti teve seu corpo alvejado três vezes, a vida do infante só tem valor se for para lutar pela honra e pela soberania de sua Pátria.
Disse um contemporâneo do Patrono: "A idéia de eu passar para a Infantaria não me abandonava. Esta arma exercia sobre mim indizível fascinação. Quando passava um daqueles belos batalhões da Divisão Sampaio, a Encouraçada, de bandeira desfraldada, os pelotões alinhados, guardando bem as distâncias, marchando airosos e elegantes, ao som alegre de um dobrado vibrante, não me podia conter e punha-me a marcar passo..."
Esse era o espírito tenaz em que se traduzia a alma dos infantes num uníssono perfeito.

A morte, a Sampaio, lhe trouxe a imortalidade do heroísmo que banha a alma de todos aqueles que são designados pelo destino a cruzar os campos de batalha em meio a minas, tiros e estilhaços. O Infante é aquele que desce ao inferno da batalha para ascender ao céu da vitória, pois, sob o aço fervente do fuzil em rajada, colorimos de vermelho e calor as frentes inimigas. O infante é aquele que encara o inimigo face-a-face, olho no olho, que tem no seu peito a sua blindagem, no seu coração o seu motor, no seu sangue o seu combustível e na sua mira o seu canhão. É por isso, senhores, por esse sentimento único que sente o soldado de infantaria ao ter, na luta, a glória da vitória ou a glória da morte pelo seu país e pelos seus ideais, que a Infantaria sempre existiu e nunca deixará de existir.
Resta a nós agora, discípulos do Brigadeiro Sampaio, nesta Imperial Casa, mantermos o espírito de união e a coragem que tanto caracteriza a nossa Arma para fazermos dela a Sua Majestade, a Rainha das Armas.
INFANTARIA!

Fonte: Al Vinícius Alves, da Companhia de Infantaria (Colégio Militar do RJ).


sábado, 5 de maio de 2012

Quadro de Hierarquia Militar das Forças Armadas Brasileiras