sábado, 21 de julho de 2012

GOLPE DO SMS

Recebi uma mensagem que ganhei na Promoção SBT 30 Anos. Será que é golpe? Confira a resposta

Sempre que surge uma promoção nova, preparem o emocional! Muitas pessoas recebem mensagens SMS falando que ganhou um carro ou um prêmio em dinheiro! Muito cuidado!
Promoção 30 anos – 30 Carros Para você!
Em comemoração dos 30 anos do SBT, foi lançado a promoção SBT 30 anos – 30 carros para você!
Para participar, envie um SMS preferencialmente com a palavra SBT para o número 44944 ou acesse o site da promoção http://www.sbt.com.br/promocoes/promocaotrintaanos/
Neste tipo de promoções, infelizmente, é comum algumas pessoas receberem mensagens no celular falando que é o ganhador da promoção SBT 30 anos. Mas será que é verdade?
Quem não fica feliz em ganhar um prêmio, não é mesmo? Mas é golpe!
No site do SBT, existe a seguinte mensagem:
AVISO: NAO ENVIAMOS MENSAGENS SMS PARA INFORMAR GANHADORES
Portanto, se você recebeu alguma mensagem de que ganhou, não caia nessa!

FORMATURA

3º Batalhão de Polícia do Exército – Formatura
Porto Alegre (RS)
Em 27 de abril, o 3º Batalhão de Polícia do Exército (3º BPE) realizou, em Porto Alegre (RS), a formatura de conclusão do Estágio de Motociclista Militar, do qual participaram integrantes de Organizações Militares de Polícia do Exército subordinadas ao Comando Militar do Sul, da Brigada Militar do estado do Rio Grande do Sul e agentes das Guardas Municipais das cidades que compõem a grande Porto Alegre.
Foto: 3º Batalhão de Polícia do Exército
Foto: 3º Batalhão de Polícia do Exército

PE de Portugal

Viaturas da Polícia do Exército

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Exército terá poder de polícia

Brasil
O plenário do Senado aprovou, ontem, um projeto que dá poder de polícia para as Forças Armadas nas regiões de fronteiras. O projeto segue agora para sanção presidencial.

Pelo texto, será permitido às Forças Armadas fazer patrulhamento, revista de pessoas, veículos, embarcações e aeronaves e prisões em flagrante. Essas atividades são permitidas tanto nas fronteiras terrestres quanto nas águas internas e marítimas.
O texto do projeto não estabelece, porém, a área exata de patrulha de fronteira. Mas de acordo com a Constituição, a área de fronteira terrestre do Brasil equivale a uma faixa de 150 quilômetros de largura.
A possibilidade de patrulhamento em rios, lagos e no mar também dá poderes às Forças Armadas para coibir o tráfico de drogas.
19 de Julho de 2012 - 18:31

Delegado de MT orienta integrantes do Exército para operações de fronteiras

Fonte: Só Notícias com assessoria


Com o objetivo de preparar os integrantes do 13º Pelotão de Polícia do Exército (PE) que realizam operações nas fronteiras de Cáceres, Santa Rita do Trivelato e Comodoro, a Polícia Judiciária Civil realizou uma palestra no Comando da 13ª Brigada do Exército Brasileiro, hoje.

A palestra com o tema "Drogas", ministrada pelo Delegado da Polícia Civil Bibiano Nunes Ferreira Sobrinho, foi assistida por 25 membros da Polícia do Exército entre soldados, cabos e sargentos.

A palestra foi focada na atividade do tráfico, nos meios pelos quais as substâncias entorpecentes são transportadas e o trabalho realizado pela Polícia na localização de drogas. O delegado destacou que o tráfico praticado nas áreas de fronteira é em sua maioria realizado por brasileiros e o transporte feito em pequenas quantidades, o conhecido tráfico formiguinha.

Bibiano ainda ressaltou a importância da vigilância nessas regiões. "Existe um respeito do infrator em relação as forças armadas, em 30 anos de Polícia, eu nunca presenciei um confronto em operações feitas na barreira", constatou a autoridade.

O delegado apresentou vários vídeos com diferentes abordagens sobre o tema, como a confecção de algumas drogas, depoimentos de usuários, e histórias lúdicas, com a intenção de mostrar como funciona o mundo das drogas e como as pessoas acabam se tornando dependentes. "Ninguém começa usar drogas simplesmente por que quer. Existe primeiro um convite", observou o delegado.

De acordo com o 1º tenente Felipe de Oliveira Marques, comandante do Pelotão, a palestra é de suma importância para a preparação dos soldados. "Muitos são inexperientes, com certeza terão dúvidas e incertezas no momento da ação, então é fundamental para eles um prévio conhecimento do assunto", disse.

O Exército desencadeia operações preventivas e repressivas ao contrabando de qualquer ilícito nas regiões de fronteira, com maior incidência de drogas e armas. O objetivo é a redução dos crimes ocorridos nas faixas fronteiras, assim como ações do crime organizado e intensificar a presença do Estado Brasileiro nessas regiões.

Encontro

Barra notícias
Encontro de viaturas militares é uma das novidades
05/06/2012



Muito mais do que uma festa, a 19ª Fenajeep é um grande shopping de atrações para todos os gostos e idades. Incansáveis em criar alternativas para atrair um público visitante cada vez maior, os organizadores acabam de lançar outra novidade. É a vila militar, que contará com exposição de viaturas militares novas e preservadas.

Conforme o presidente da Fenajeep, Roberto Wilke, o encontro reunirá mais de 30 viaturas militares. “Já contamos com a participação do acervo da Brigada Paranaense de Viaturas Militares Antigas, além de colecionadores da Companhia de Preservadores Os Indestrutíveis e de viaturas do 23º Batalhão de Infantaria”, afirma.

A atração é uma excelente oportunidade para apreciadores, estudantes, turistas e comunidade em geral, que terão a oportunidade de ver as coleções de viaturas militares do Brasil. É a memória das Forças Armadas Brasileiras preservada ao alcance da curiosidade de todos.

Muitas das viaturas que estarão expostas no encontro, participaram de ações de combate durante a 2ª Guerra Mundial, na Coréia e no Vietnã, aguçando a imaginação do público. O acervo, que será apresentado, também permite conhecer um pouco mais do avanço tecnológico da motomecanização dos veículos militares através dos tempos.

sábado, 7 de julho de 2012

Aposentando-se

A aposentadoria do Humvee, veículo militar multifuncional, se aproxima

Projeto que estudo o desenvolvimento de um automóvel melhor preparado para os combates atuais parte para sua fase final.
Por Fernando Daquino em 31 de Março de 2012

Protótipo da BAE Systems que pretende substituir o Humvee. (Fonte da imagem: Reprodução/Digital Trends)

Quem nunca viu um Hummer nos filmes ou passando na rua e não teve vontade de tê-lo que atire a primeira roda. Mas você sabia que esse carrão foi criado a partir de um veículo militar? O sonho de consumo de muitos civis é inspirado em uma categoria de automóvel chamada High Mobility Multipurpose Wheeled Vehicle (HMMWV), ou Veículo Multifuncional de Alta Mobilidade.
O Humvee, como é mais conhecido esse tipo de automóvel, pode ser usado para o transporte de cargas ou tropas, plataforma de artilharia, ambulância, suporte aéreo, entre outras funções – ao todo ele possui 18 modelos diferentes para uso militar. Todavia, esse experiente combatente está prestes a se aposentar.
De acordo com o site Digital Trends, depois de 20 anos servindo a diversos exércitos, um projeto está à procura de um sucessor para o Humvee. Segundo o informativo, o Joint Light Tactical Vehicle (JLTV) – Veículo Tático de Articulação Leve, em uma tradução livre –, deverá ter de sete a dez toneladas e oferecer maior proteção pesando menos que um veículo completamente blindado.


Modelo da Navistar que entra na briga pelo projeto do JLTV. (Fonte da imagem: Reprodução/Digital Trends)
A ideia é adequar a frota dos exércitos de acordo com as novas necessidades em combate. Assim, espera-se que o novo automóvel seja seguro o suficiente para proteger os soldados contra explosões e emboscadas, sem perder a sua mobilidade – permitindo-o chegar a qualquer lugar e manobrar em situações apertadas.
Duas empresas tomam a ponta na corrida pelo desenvolvimento do JLTV, a BAE Systems e a Navistar. Na verdade, esse projeto não é uma novidade, ele tem sido discutido e explorado (inclusive com testes de alguns veículos) desde 2010. Contudo, ao que tudo indica, agora realmente o Humvee irá se aposentar.

 

Feira Militar


Feira exibe os equipamentos militares mais mortais do mundo

China e Rússia chamaram a atenção na Eurosatory 2012, mostrando armas muito poderosas.
 
Por Vinícius Karasinski em 21 de Junho de 2012

Aconteceu em Paris, entre os dias 11 e 15 de Junho, a Eurosatory 2012, a maior feira de equipamentos militares do mundo. Participaram da exposição 53 países, com um total de 1.400 representantes e um público de aproximadamente 55 mil pessoas. Os Estados Unidos lideraram em volume, tendo 158 empresas participando do evento (infelizmente a Stark Industries não foi uma delas).
Uma surpresa foi o crescimento do setor na Ásia e Oriente Médio: Indonésia, Coreia do Sul, Paquistão, Turquia e Emirados Árabes participaram pela primeira vez da feira esse ano.
Enquanto as forças armadas terrestres do ocidente parecem ter diminuído drasticamente a sua capacidade, Rússia e China surpreenderam com equipamentos poderosos e intimidadores. Os dois países, inclusive, exibiram aparatos militares pela primeira vez fora de suas fronteiras.
Conheça as 5 armas mais poderosas exibidas na feira

Sky Dragon (China)

O Sky Dragon é um sistema SAM (plataforma de mísseis terrestre para atingir aeronaves) com alcance de 50 km e taxa de acerto de 80%. Ele é capaz de mirar em até 12 aeronaves ao mesmo tempo e pode monitorar até 140 ameaças de uma só vez.
 
(Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)

Piranha 5 (Suíça)

O Piranha 5 é um tanque de 8 rodas e 20 toneladas feito para carregar as tropas até o campo de batalha. Ele pode levar até 8 soldados de uma só vez pela água ou pelo mar. Para se defender dos ataques, ele ainda conta com um canhão de automático de 30 mm.
 
(Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)

Espingarda Saiga-12 (Rússia)

O objetivo da Saiga-12 é ajudar a polícia a manter a lei. Além de projétil padrão, a arma pode ser carregada com munições menos letais, como balas de borracha e até mesmo feijão.
(Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)

O Tanque Exterminador (Rússia)

O exterminador russo vem com tantas armas equipadas que fica até difícil contar. São 4 lançadores de mísseis antitanque, 1 metralhadora 7.62, 2 lançadores de granadas automáticos de 30 mm e 2 canhões de 30 mm que podem ser controlados cada um por um soldado no topo.
 
(Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)

Rifle Sniper Orsis (Rússia)

O Orsis T-5000 está entre as armas mais precisas do planeta, tendo vencido a Copa Mundial Sniper esse ano. Existem duas versões: Lapua Magnum .338 e Winchester .308.

(Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)
Fonte: Gizmodo, Fox News


sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Decálogo de Lenin

Em 1913, Lênin escreveu o "Decálogo" que apresentava ações táticas para a tomada do Poder.

a) Qualquer semelhança com os dias de hoje, não é mera coincidência

b) Tendo a História se encarregado de pôr fim à questão ideológica, a meditação dos ideais, então preconizada, poderá revelar assombrosas semelhanças nos dias de hoje, senão vejamos
:

1.. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2.. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
3.. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4.. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5.. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
6.. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
7.. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8.. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9.. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;
10.. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa...


Fonte: blogdocachorrolouco

Marcha Virtual dos militares

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Marcha Virtual dos militares
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Militares Anônimos

Prezados Senhores Redatores,

Já é do conhecimento de alguns e vem tendo grande repercussão na mídia nacional a péssima situação salarial dos militares das Forças Armadas do nosso país. A classe não tem direito a manifestações e greve, mas encontrou na internet o meio democrático para ser ouvida pelo governo e sociedade.

A chamada "Marcha Virtual" já foi matéria da renomada revista Veja, que também, no dia 18 de junho deste ano, publicou extensa matéria abordando o salário miserável que estão recebendo os militares. No site do Senado Federal, o assunto do aumento dos militares é o mais indicado para ser abordado em audiência pública, tendo recebido mais de 850.000 assinaturas virtuais.

Contudo, o referido site, para não dar divulgação a um número tão expressivo, reformulou, nos últimos dias, o registro do número para +10.000. Até mesmo o maior site de busca do mundo, o Google, ao digitar as letras "aum" já apresenta o tema do aumento dos militares.

Tudo isso comprova o clamor do militares e suas famílias por um aumento de salário digno da carreira do funcionalismo público federal. A maioria dos homens da caserna já tem o seu contra-cheque comprometido com empréstimos, contratados para complementar o orçamento domésticos.

Muitos já não conseguem mais dar o mínimo de sustento as suas famílias, mesmo sem nunca terem deixado de cumprir sua missão como militar, justamente numa época em que muito se fala de defesa do mar brasileiro por conta do pré-sal, das fronteiras terrestres e do espaço aéreo.

Por tudo isso, sugiro à redação deste tão importante programa que seja feita uma matéria denunciando a situação salarial precária vivida por nossos militares e suas famílias, podendo contar com o depoimento dos que vivem o problema.

Esses homens, que são militares 24 horas por dia, merecem a atenção da sociedade e, em especial, do governo federal. Agradeço a atenção dispensada e espero que este insigne programa não deixe esta denuncia sem a devida divulgação.

Esta mensagem deve ser enviada aos programas Fantástico, da Rede Globo, e Domingo Espetacular, da Rede Record. Basta copiar o texto, abris os links abaixo e enviar a mensagem.

FANTÁSTICO:

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,15844,00.htmlJornalismo/FANT/0,,15844,00.html

DOMINGO ESPETACULAR:

http://programas.rederecord.com.br/programas/domingoespetacular/fale.asp 

Abram o Jogo Camaradas


Carlos José Pedrosa | 26 Fevereiro 2010
Artigos - Movimento Revolucionário

A líder do grupo, terrorista que tinha os codinomes Estela, Luiza, Patrícia e Wanda, era chamada de "Joana D'Arc da subversão". Foi a mesma terrorista que, juntamente com sua colega de quarto, conseguiu penetrar em um quartel e roubar armas e munição, levando tudo para a pensão em que moravam. Hoje seria muito bem chamada de Joana D'Arc da corrupção.

A esquerda brasileira é mais cínica que esquerda. Cometeu crimes absurdos, matou inocentes, esquartejou, dilacerou corpos e parece que não se lembra de nada. Acusa os militares de terem cometido crimes de tortura, mas não fala nas torturas praticadas pelos terroristas. Chama os militares de criminosos, mas não fala nos criminosos da esquerda. É muito fácil negar os crimes cometidos ou querer lançar lama no adversário. É um cinismo digno das esquerdas querer atribuir a si próprios a láurea de heróis. Porém, podemos refrescar a memória desses bandidos e lembrar parte desses crimes hediondos, que os terroristas urbanos e da selva insistem em "esquecer".
Foram muitos os crimes cometidos pela esquerda "em nome da democracia". Inúmeras vítimas, militares e civis, pontilharam com sangue o caminho desses bandidos. Muitos eram integrantes das Forças Armadas ou das forças policiais; outros eram civis, funcionários de bancos ou de outras empresas, vitimados nos atos terroristas. Outros, ainda, estavam nos lugares errados, nas horas erradas, e foram vitimados pelas camarilhas da esquerda. Nada tinham a ver com aquela luta desmiolada, mas foram vítimas assim mesmo. Vamos relembrar algumas vítimas daqueles assassinos, e como suas mortes ocorreram, para comparar o que esses vagabundos dizem com o que de fato ocorreu.

Em 25 de julho de 1966, no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, terroristas empreenderam um atentado contra o Gal. Arthur da Costa e Silva. A explosão de uma bomba matou o jornalista Edson Régis de Carvalho e o Almirante Nelson Gomes Fernandes. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva, que, além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda, e Sebastião Tomaz de Aquino, o Paraíba, guarda civil que teve a perna direita amputada. "Um dos executores do atentado, revelado pelas pesquisas e entrevistas de Gorender, foi Raimundo Gonçalves de Figueiredo, codinome CHICO, que viria a ser morto pela Polícia Civil, em abril de 1971, já como integrante da VAR-PALMARES".

Em 26 de junho de 1968, o soldado Mário Kozel Filho estava de sentinela no Quartel General do II Exército, em São Paulo. Às 04:30 horas da madrugada, ele estava vigilante em sua guarita. Naquele momento, um tiro foi disparado por uma sentinela contra uma camioneta que, desgovernada, tentava penetrar no Quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro, para ver se há alguém no seu interior. Há uma carga com 50 quilos de dinamite que, segundos depois, explode e espalha destruição e morte num raio de 300 metros. Seu corpo foi dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficaram muito feridos. Foi mais um ato terrorista da organização chefiada por Carlos Lamarca, a VPR. Participaram daquele crime hediondo os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira (o Diógenes do PT), Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva.

Em Mongaguá, litoral paulista, foi traçado o plano da "Grande Ação", que ocorreu em 18 de julho de 1969, com o assalto e roubo do cofre na casa de um conhecido político da época, em Santa Teresa, bairro do Rio de Janeiro. O roubo rendeu 2,5 milhões de dólares,que os terroristas souberam aproveitar muito bem. O cofre foi aberto em Porto Alegre, a maçarico, pelo metalúrgico Delci. A disputa pelo butim dolarizado foi ferrenha! A líder do grupo, terrorista que tinha os codinomes Estela, Luiza, Patrícia e Wanda, era chamada de "Joana D'Arc da subversão". Foi a mesma terrorista que, juntamente com sua colega de quarto, conseguiu penetrar em um quartel e roubar armas e munição, levando tudo para a pensão em que moravam. Hoje seria muito bem chamada de Joana D'Arc da corrupção.

No dia 10 de maio de 1970 foi assassinado o Tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar do Estado de São Paulo. O relato dos crimes cometidos pela esquerda refere-se a esse crime. "Naquela ocasião, Carlos Lamarca, Yoshitame Fugimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um tribunal revolucionário que resolveu assassinar o Tenente Mendes, pois o mesmo, pela necessidade de vigiá-lo, retardava a fuga. Os outros dois, Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima, ficaram vigiando o prisioneiro. Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram, e, acercando-se por traz do oficial, Yoshitame Fugimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado". A esquerda não fala nesse crime, certamente tido como ato heróico.

Em 4 de abril de 1971 foi assassinado o Major do Exército José Júlio Toja Martinez, que, com sua equipe estava vigiando uma casa ocupada por terroristas. "Por volta das 23 horas desse dia, chegou, num táxi, um casal, estacionando-o nas proximidades da casa vigiada. A mulher ostentava uma volumosa barriga que indicava estar em adiantado estado de gravidez. O fato sensibilizou Martinez, que, impelido por seu sentimento de solidariedade, agiu impulsivamente visando preservar a "senhora" de possíveis riscos. Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse daquela área. Ato contínuo, de sua "barriga", formada por uma cesta para pão com uma abertura para saque da arma ali escondida, a mulher retirou um revólver, matando-o instantaneamente, sem qualquer chance de reação. O capitão Parreira, de sua equipe, ao sair em sua defesa, foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo terrorista. Nesse momento, os demais agentes desencadearam cerrado tiroteio, que causou a morte do casal, identificados como sendo os terroristas do MR-8 Mário de Souza Prata e sua amante Marilena Villas-Bôas Pinto, ambos de alta periculosidade e responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas.

O Araguaia foi palco de muitos crimes hediondos praticados por esses bandidos travestidos de guerrilheiros. Para que vocês não digam que estou mentindo, vou reproduzir trechos do discurso do Coronel Lício Maciel, testemunha, como participante, da luta contra os terroristas do Araguaia. O Coronel Lício Maciel, em sessão solene na Câmara dos Deputados, para homenagear os soldados mortos no Araguaia, descreveu muitas ações. Como aquela que resultou na prisão do guerrilheiro Pedro Albuquerque, em Fortaleza, quando tentava obter documentos. De lá foram para o Araguaia, como descreveu o próprio Coronel Lício Maciel:

Chegamos ao Rio Araguaia, pegamos uma canoa grande, com motor de popa, fomos até ao local de Pará da Lama. Pedro deve lembrar muito dele: era uma picada ao longo da floresta no sentido do Xingu. Andamos o dia inteiro. Chegamos ao anoitecer na casa do último morador, com o Pedro sendo levado por nós, livre. Não estava algemado, amarrado ou coisa assim. Ele foi acompanhando a nossa equipe. Há várias testemunhas desse episódio aqui presentes, as quais não vou citar, que fizeram parte da minha equipe. Chegamos à casa de Antônio Pereira, pernoitamos no campo, nos telheiros e, no dia seguinte, às 4h, prosseguimos em direção ao local onde Pedro Albuquerque indicou.

A operação no Araguaia, àquela altura, era de reconhecimento. Com base em informações obtidas de Pedro Albuquerque, a equipe do Cel. Lício tratou de desbravar o terreno para confirmar a presença de guerrilheiros na área. É o Coronel Lício quem descreve a evolução da operação.

Chegamos à casa de Antônio Pereira, pernoitamos no campo, nos telheiros e, no dia seguinte, às 4h, prosseguimos em direção ao local onde Pedro Albuquerque indicou. Ao chegarmos lá, avistamos 3 homens, isto é, 3 elementos, sendo uma mulher, descansando para almoço, presumo. Aproximamo-nos do local só para conversar com eles, para saber o que eles estavam fazendo lá. Eram 3 e, no nosso grupo, havia 6, então, não tinha problema. Eles fugiram. Chegamos ao local e fiquei inteiramente abismado com o estoque de comida, de material cirúrgico, até oficina de rádio tinha, 60 mochilas de lona, costuradas no local em máquina industrial grande, que tive o prazer de jogar no meio do açude. Tocamos fogo em tudo e voltei sem fazer prisioneiro. Ora, em qualquer situação, teríamos atirado naqueles homens. Estávamos a 80 metros, um tiro de fuzil os atingiria facilmente. Eles estavam sentados. Mas o nosso objetivo não era matar, não era trucidar. O nosso objetivo era saber o que eles estavam fazendo lá. De acordo com Pedro Albuquerque, eram guerrilheiros. Estavam na área indicada por Pedro Albuquerque, que viu toda a operação.

Nós continuamos na missão. Como os três elementos fugitivos avisaram para o resto do grupo do Destacamento C, mais ao Sul, em frente a São Geraldo do Araguaia, que estávamos indo para lá, ao chegar lá nós os vimos fugindo com muita carga, até violão levavam. Eles estavam se retirando do Destacamento C, do Antônio da Dina e do Pedro Albuquerque. Pedro Albuquerque nos levou até o Destacamento C, onde havia estado. Ele fugiu porque os bandidos exigiram que ele fizesse um aborto em sua mulher, que estava grávida. Eles não se conformaram com a ordem, principalmente porque outra guerrilheira grávida tinha sido mandada para São Paulo para ter o filho nas mordomias daquela cidade. Ela era casada com o filho do chefe militar da guerrilha, Maurício Grabois.

O Cel. Lício, continuando sua narrativa, acrescentou que "não sei, não posso me lembrar, se foi o Cid ou se foi o Cabo Marra que pegou o Genoino. Esse elemento era o Geraldo, posteriormente identificado como Genoino. Ele foi recolhido ao xadrez, posteriormente enviado a Brasília. Em seguida, três, quatro dias, veio o veredicto da identificação: o guerrilheiro Geraldo é o José Genoíno Neto. O grupo do Genoíno prendeu um filho do Antônio Pereira, aquele senhor humilde, que morava nos confins da picada de Pará da Lama, a 100 Km de São Geraldo. O filho dele era um garoto de 17 anos, que eu não queria levar como guia, porque, ao olhar para ele, me lembrei do meu filho, que tinha a mesma idade. Então eu disse ao João: Não quero levar o seu filho. Eu sabia das implicações ou já desconfiava. O pobre coitado do rapaz nos seguiu durante uma manhã, das 5h até o meio-dia, quando encontramos os três nos aguardando para almoçar. Pois bem. Depois que nos retiramos, os companheiros do José Genoíno pegaram o rapaz e o esquartejaram. Genoíno, aquele rapaz foi esquartejado, toda Xambioá sabe disso, todos os moradores de Xambioá sabem da vida do pobre coitado do Antonio Pereira, pai do João Pereira, e vocês nunca tiveram a coragem de pedir pelo menos uma desculpa por terem esquartejado o rapaz. Cortaram primeiro uma orelha, na frente da família, no pátio da casa do Antonio Pereira. Cortaram a segunda orelha, o rapaz urrava de dor, e a mãe desmaiou. Eles continuaram, cortaram os dedos, as mãos e no final deram a facada que matou João Pereira. Eles fizeram isso porque o rapaz nos acompanhou durante 6 horas, a fim de servir de exemplo aos outros moradores para não terem contato com o pessoal do Exército, das Forças Armadas". Aquele crime foi um ato de verdadeira tortura antes da morte da vítima. Ninguém da esquerda quer falar nisso.

Algo parecido só encontrei quando trucidaram o Tenente Alberto Mendes Júnior. O tenente se apresentou voluntariamente para substituir dois companheiros que estavam feridos. A turma do Lamarca pegou o rapaz, trucidou, castrou e o obrigou a engolir os órgãos genitais. Então, ao Tenente Alberto Mendes Júnior foi feito isso, mas o crime contra o João Pereira foi muito mais grave, muito mais horrendo. E eles sabem disso. Peçam desculpas para o Antonio Pereira, se ele estiver vivo. Tenham a coragem de reconhecer que toda Xambioá sabe disso.

Genoíno preso e identificado, a guerrilha prosseguiu. Depois de matar o João Pereira, eles mataram o Cabo Odílio Cruz Rosa depois do Rosa, eles mataram dois Sargentos depois dos dois Sargentos, eles atiraram no Tenente Álvaro, que deve contar a história. Na minha versão, o Álvaro deu voz de prisão para o bandido eles atiraram. O outro que estava do lado ou atrás atirou nas costas do Álvaro, arrancando-lhe a omoplata.

Os mortos da guerrilha não podem, com Justiça, serem apontados como vítimas. Quando optaram pela luta armada, sabiam dos riscos envolvidos na ação. Sabiam que as forças de segurança iriam combatê-los. Sabiam que poderiam morrer em ação. Sabiam que seria uma ação ilegal e altamente perigosa. Hoje as famílias dos terroristas mortos recebem indenização, como se eles tivessem sido vítimas de um crime cometido pelo Estado, mas os que foram assassinados pelos terroristas nada recebem. Por esse raciocínio, também os traficantes, assaltantes e seqüestradores poderiam pedir indenização. Nenhum de vocês é melhor que eles. Vocês também não assaltaram e mataram como eles fazem? As monstruosidades cometidas por vocês, como o assassinato do Tenente Alberto Mendes Júnior, do Soldado Mário Kozel Filho, e do mateiro João Pereira, foram muito mais graves que a morte de qualquer "guerrilheiro". Os guerrilheiros não foram assassinados, morreram em combate, o que foi absolutamente natural e já era esperado, inclusive por vocês. Quem se mete em uma guerra de guerrilha é pra morrer mesmo!

Na versão de vocês, a luta foi ato de heroísmo. Pura mentira! Assaltar uma casa e roubar um cofre com US$ 2,5 milhões, pondo o dinheiro no bolso, não é ato de heroísmo: é roubo descarado! Quem rouba armas e munição de um quartel não é heroína: é ladra mesmo! Mutilar uma vítima, orelha por orelha, dedo por dedo, mão por mão, é um crime hediondo. Ponham isso na cabeça! Assaltar bancos e outras empresas, matando os vigilantes e gerentes, não é ato digno de um homem íntegro: é ato digno de vagabundos aproveitadores, como vocês.

Querer implantar aqui uma ditadura nos moldes da então União Soviética não é ato de idealistas: é ato de traição ao Brasil. Hoje vocês posam de "heróis da resistência", como se pretendessem resistir a alguma força contrária aos interesses do Brasil, como os franceses resistiram ao nazismo e os poloneses resistiram ao ataque soviético. Outra grande mentira! Tenham vergonha na cara e digam a verdade! Vocês não queriam implantar nenhuma democracia no Brasil. Em nenhum documento das organizações de esquerda, inclusive dos partidos, havia alguma referência à palavra democracia. Vocês pretendiam implantar a ditadura do proletariado. Como têm o descaramento de falar em democracia? Por acaso a União Soviética era uma democracia? Os países do leste europeu eram democracias? Cuba é uma democracia? A China é uma democracia? Chega de cinismo! Chega de posar como heróis! Chega de simulações democratas! Digam a verdade sobre o que vocês pretendiam e ainda pretendem fazer no Brasil. Digam que depois da vitória (se ocorresse ou se ocorrer) viria ou virá o paredão, como ocorreu na União Soviética, no leste europeu, na China e em Cuba. Sejam homens ao menos uma vez na vida! Abram o jogo, camaradas!


Fonte: Blogdocachorrolouco.com

Forças armadas brasileiras.

Forças Armadas do Brasil no Haiti - Brazilian Army in Haiti

Militares mortos no Haiti são agraciados com a Medalha do Pacificador co...

A Volta Dos Nossos Heróis

Eles dedicaram suas vidas a uma guerra sem tiros e barbáries, em que os principais inimigos são a fome, a injustiça e a miséria em seu estado mais bruto

Yan Boechat

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RETORNO
Caixão com corpo de militar morto no Haiti desembarca em Brasília
Faltavam três minutos para as oito horas da noite da quarta-feira 20 quando o avião Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira tocou a pista do Aeroporto de Brasília, trazendo os corpos dos 18 militares brasileiros vítimas do terremoto que devastou o Haiti pouco mais de uma semana antes, causando a maior tragédia humanitária já enfrentada pela Organização das Nações Unidas. As cenas comoventes do desembarque dos caixões cobertos com a bandeira brasileira e carregados por soldados da Polícia do Exército lembravam a dura rotina com que os americanos se acostumaram ao longo de suas guerras das últimas décadas. Mas, ao contrário dos soldados americanos, os heróis militares brasileiros pereceram em uma guerra sem tiros, sem agressões e em que os inimigos eram a fome, a injustiça e a miséria em seu estado mais bruto. Cada um deles dedicou os últimos meses de sua vida a uma luta incansável – e não menos dura – para tentar recuperar uma nação destroçada por tragédias naturais e, principalmente, políticas. “As vidas dos militares brasileiros não foram perdidas em vão, elas demonstram a solidariedade do povo brasileiro aos haitianos”, disse à ISTOÉ o novo representante da ONU para o Haiti, o guatemalteco Edmont Mulet. Havia mais de 60 anos que o Brasil não assistia a cenas como essa. Desde a campanha da Força Expedicionária Brasileira na Itália na Segunda Guerra Mundial o País não perdia tantos militares em ação de uma só vez. Nas batalhas de 1944 e 1945, 460 soldados brasileiros caíram diante das balas alemãs – delas participaram cerca de 25 mil militares. Dessa vez, foram 18 mortos de um total de 1,1 mil homens em ação no Haiti.
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DOR
Orgulho e tristeza misturam-se no último adeus aos soldados mortos
Apesar das diferenças profundas entre uma operação e outra, o percentual de baixas foi praticamente o mesmo, algo como 2%. Em seu discurso durante a homenagem prestada na Base Aérea de Brasília, na quinta-feira 21, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sintetizou a dimensão das perdas no Haiti. “A história confirmará que o sacrifício de nossos heróis e a dor de suas famílias não terão ocorrido em vão”, disse o presidente, com a voz bastante embargada diante dos 18 caixões cobertos com a bandeira nacional e sob os olhares de colegas, pais, irmãos, filhos e viúvas. Contrariando a injusta tradição brasileira de não valorizar seus heróis, o governo agiu de forma rápida e contundente para que os militares perdidos no Haiti recebessem as honras a quem têm direito. Além do presidente, da primeira-dama, Marisa Letícia, e dos comandantes das Forças Armadas, quase todos os ministros de Estado compareceram à Base Aérea de Brasília para dar o último adeus aos militares mortos. Os chefes do Legislativo, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), também compareceram à cerimônia, assim como o representante máximo do Judiciário, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. As honras também não ficaram apenas no simbolismo. Além de elevar a patente de cada um dos militares mortos, o governo decidiu que indenizará as famílias em R$ 500 mil. Além disso, os dependentes estudantes receberão uma bolsa de um salário mínimo até completarem 24 anos.
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HOMENAGEM
Lula condecora cada um dos heróis brasileiros com a Medalha do Pacificador
E, como não poderia deixar de ser, todos foram condecorados com a Medalha do Pacificador, a maior honraria do Exército Brasileiro em tempos de paz. “As palavras se tornam frágeis diante da brutalidade dos fatos”, afirmou Lula. Perdas de homens como esses, destemidos e dedicados a enfrentar as dificuldades atrozes no único intuito de tentar fazer com que a vida de outras pessoas se torne melhor, são, sem dúvida, irreparáveis. Mas tanto as famílias de cada um deles quanto o próprio País podem amenizar a dor que agora sentem por saber que todos morreram fazendo o que realmente queriam fazer. Apesar das patentes distintas, das origens diferentes e das especialidades únicas de cada um, todos que padeceram sob os escombros haitianos tinham um sentimento comum: estavam ali realizando uma missão da qual tinham orgulho. “Embasado em seu desejo de um mundo mais justo, aceitou com orgulho sua última e mais brilhante missão junto ao sofrido povo haitiano”, declarou, em uma nota, a família do tenente- coronel Marcus Vinicius Macedo Cysneiros. Na quinta-feira 21, dia em que o corpo de Marcus Vinicius desembarcava em Brasília, um grupo de 130 brasileiros embarcava para o Haiti para continuar a missão do tenente-coronel. Mesmo diante da dor da perda de tantos colegas no mesmo local para onde estavam seguindo, o espírito dos militares em nada se diferenciava daquele que manteve Marcus e os outros 17 militares por tantos meses no Haiti. “O sentimento agora se mistura.
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BRAVURA
A missão brasileira continua no Haiti
Logicamente a gente deixou os familiares em casa preocupados, mas, ao mesmo tempo, vem o sentimento de ajuda e de saber que nós podemos dar uma parcela de contribuição para o povo haitiano”, disse o cabo Rogério Carneiro poucos momentos antes de embarcar no Boeing KC-137 que o levaria da Base Aérea do Galeão, no Rio, para Porto Príncipe. Diante de tanta dor e, ao mesmo tempo, de tanto entusiasmo daqueles que partiam, há apenas uma certeza: de fato, eles não morreram em vão.
Fonte: Isto é Independente

quinta-feira, 5 de julho de 2012

É um pássaro? É um avião? É o inimigo!




Não é um disco voador, mas um avião de guerra utilizado pelo exército dos EUA em testes na Califórnia. Ele voou em um curso pela primeira vez e ainda vai melhorar bastante.

O principal ponto do X-47B é a aerodinâmica, mas como ainda faltam muitos detalhes no protótipo, como recolher as rodas, ela ainda não foi testada como se deve. Enquanto isso, evolui aos poucos. Ele será utilizado especialmente em missões que exijam velocidade e controle.
O avião também terá controle de barulho, mas, por ser um projeto um tanto secreto do exército, não temos muitas informações. O importante é saber que, se você vir uma nave dessas do céu, não é hora de fazer contato: é hora de achar um abrigo seguro.


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As Modernas tecnologias militares

As tecnologias militares que vão invadir o mercado em breve

Fonte da imagem: Raytheon
Em 2011, os Estados Unidos pretendem investir pouco mais de US$ 405 bilhões em tecnologias militares. O valor é considerado abusivo por muitos, afinal, investimentos em tecnologias que, muitas vezes, têm como principal finalidade a destruição em massa não são exatamente a maneira mais nobre dispender dinheiro.
Entretanto, todo esse volume de investimentos não é destinado única e exclusivamente para a criação de novas máquinas de guerra. Muitas das pesquisas desenvolvidas por instituições militares acabam indo parar nas indústrias de eletroeletrônicos e, consequentemente, são transformadas em novos produtos e utilidades para o cotidiano do cidadão comum.
Muito do que foi desenvolvido pela NASA, Agência Espacial Norte-Americana, órgão governamental dos EUA, é utilizado no dia a dia pelos usuários.
Mas o que vem sendo desenvolvido atualmente que pode influenciar diretamente nos próximos aparelhos disponíveis no mercado? Conheça em detalhes algumas das principais tecnologias que vão pintar para o consumidor em breve e outras que ainda não têm previsão de chegada, mas que certamente fariam sucesso junto ao público.

Armadura facial

Fonte da imagem: Blanddesign
Embora os soldados estejam sempre bem equipados e por baixo dos seus uniformes exista uma espécie de colete à prova de balas como proteção, algumas regiões do corpo ficam naturalmente mais expostas, como a cabeça e, em especial, os olhos. Um impacto, ainda que não atravesse o capacete de um militar, pode ser fatal.
Pensando nisso o exército norte-americano desenvolveu uma espécie de armadura facial. Chamada Predator Facial Armor, trata-se de um capacete de alta resistência, com proteções especiais para a mandíbula, olhos, nariz e boca. Além disso, a parte interna do capacete funciona como um suporte, impedindo que, em caso de impacto, a cabeça não sacuda com o impacto.
Como complementos tecnológicos, a Predator Facial Armor conta com radar 360 graus, com indicação de alvos móveis e tela display para exibição de informações como mapas, posicionamento de outros soldados e integração computadorizada com algumas armas.
Para uso cotidiano, capacetes como esses podem ser adaptados para uso em atividades esportivas ou mesmo na construção civil, em que a segurança e a possibilidade de acesso rápido a informações visuais podem se tornar grandes diferenciais de produtividade e integração.

Telas OLED flexíveis de pulso

Fonte da imagem: Universal Display Corporation
Se os celulares e smartphones substituíram em grande escala os relógios de pulso, no futuro é possível que o ciclo se inverta e os displays flexíveis possam se configurar na nova geração de relógios. Outra tecnologia desenvolvida dentro do exército norte-americano, exibida pela primeira vez na CES 2009, está em fase de testes nas forças armadas.
O aparato foi criado em parceria com a Universal Display Corporation. Trata-se de uma pulseira com tela OLED, com tela de 4,3 polegadas e resolução de 320 x 420 pixels, capaz de exibir os mais variados tipos de informação, de modo similar ao funcionamento de um smartphone.
Não há informações ainda sobre qual é o sistema operacional utilizado pelo produto nem quando ele poderá deixar de ser uso exclusivo das forças armadas. Entretanto, em tempos de popularização dos tablets, nada mais justo que pensarmos em algum dispositivo similar adaptado ao pulso.

Máquina de glóbulos vermelhos

Fonte da imagem: DARPA
Os glóbulos vermelhos têm a importante função de transportar o oxigênio aos tecidos. Em caso de um sangramento, a perda deles em grandes quantidades pode significar um resultado fatal para o paciente. A DARPA – Agência de Defesa Avançada em Projetos de Pesquisa - colocou em desenvolvimento uma máquina chamada Arteryocite, capaz de produzir glóbulos vermelhos para garantir um suprimento de vida ao paciente ferido.
Baseado num sistema de nanofibras, chamado NANEX, a máquina permite produzir tais células sem que, para isso, seja preciso dispor de um doador. O equipamento utiliza sangue de cordões umbilicais para gerar os novos glóbulos vermelhos, mas a DARPA não divulgou, exatamente, como o processo de transformação funciona.


Uniformes autossuficientes com energia solar


Fonte da imagem: UK Army
Combinando células fotovoltaicas com aparatos termoelétricos, o exército britânico deve apresentar em 2013 uma nova espécie de uniforme, capaz de utilizar a energia solar como elemento de recarga para diversos dispositivos vinculados à roupa.
Além de absorver luz a partir do espectro eletromagnético, o novo uniforme diminui as possibilidades de detecção por meio de raios infravermelhos. Para garantir o funcionamento durante 24 horas, o uniforme armazena parte da energia capturada durante o dia para que seja utilizada à noite, quando praticamente não há novas possibilidades de recarga.
Com o desenvolvimento da tecnologia, é possível que nos próximos anos surjam outros tipos de roupas também capazes de capturar energia solar, servindo para recarregar gadgets, smartphones e outros dispositivos removíveis que requeiram energia.

Miniveículo aéreo para checar radiação

T-Hawk (Fonte da imagem: Honeywell)
O desastre ocorrido nas usinas nucleares japonesas, em virtude do terremoto e do tsunami no mês de março, colocou o governo e a população em estado de alerta. Os níveis de radiação subiram acima do esperado e, para constatar dados referentes ao problema, o exército japonês utilizou um equipamento desenvolvido em suas pesquisas.
O Honeywell T-Hawk pode fazer qualquer tipo de aproximação aérea e voos monitorados, tendo como objetivo um ponto-alvo. Com isso, o equipamento pôde medir com precisão as áreas contaminadas, dispensando a presença de pessoas no local.

A verdadeira guerra tecnológica

Embora seja natural que a maioria das pessoas tenha a opinião de que investir em equipamentos bélicos não seja a melhor saída para, de fato, melhorar a vida no planeta, historicamente o desenvolvimento tecnológico mostra o contrário. Boa parte das tecnologias que utilizamos hoje surgiu de verbas de investimento em unidade militares de pesquisa.
Contudo, há que se mensurar até que ponto um produto ou uma tecnologia é mais benéfica para a humanidade do que prejudicial. Há muito potencial para novas ideias e, em se tratando de investimentos, esse é um setor que raramente precisa se preocupar com problemas de orçamento. Será que as tecnologias militares serão as responsáveis pela paz e pelo bem-estar no futuro?



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A Arte de Enganar

Nas guerras antigas, como nas modernas, enganar o inimigo com informações falsas muitas vezes pode ser decisivo. Nas fotos abaixo, modelos de tanques e blindados infláveis que são usados para enganar satélites e aviões de reconhecimento, sobre o real posicionamento e quantidade de forças terrestres.




Fonte: Forças Terrestres
BY Tali Aaron : 11 de outubro

Militares dos EUA, levando a adoção de energias renováveis

Militares dos Estados Unidos, com sucesso, empurrando para a frente com planos para expandir o uso de energias renováveis, incluindo biocombustíveis e portátil solar                                            

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Embora o Congresso tem sido até agora sem êxito no passando uma conta de energia e muitos projectos de energias renováveis em diversos Estados permaneceram paralisados, a burocracia, uma Agência sob jurisdição federal com êxito é empurrar para a frente com planos para expandir seu uso de energia renovável: os militares dos EUA. Na semana passada, 150 fuzileiros navais trouxeram equipamento ecológico para a província de Helmand do Afeganistão, incluindo portáteis painéis solares, escudos de energia solar tenda que produzem eletricidade e aquecimento e carregadores solares para computadores. Os militares dos EUA está cada vez mais a tentar libertar-se da necessidade de linhas de combustível, e espera-se que a tecnologia de energia renovável é a resposta.
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Nos últimos anos, os militares dos EUA estão cada vez mais investidos em  utilizar fontes de energia renováveis, principalmente porque ele está operando atualmente em muitas áreas distantes e remotas. Em lugares como Afeganistão e Iraque, o combustível é caro para enviar e perigoso para transporte. Os comboios são frequentemente atacados, e um estudo estimou que, em média, para todos os comboios de combustível de 24, uma pessoa é morta.


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Além disso, as energias renováveis ajuda a economizar o dinheiro militar. No ano passado, os militares e.u. introduziu um navio de assalto anfíbio híbrido que salvo 900.000 litros de combustível em sua viagem inaugural de Mississippi para San Diego. Os militares dos EUA também está planejando ter toda a sua força aérea frota capaz de rodar com biocombustível por 2011.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Rio+20: plano de segurança mobilizou 24.833 militares e civis

altBrasília, 26/06/2012
– O plano de segurança empregado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, contou com a participação de 24.833 militares e civis. Durante o período da conferência, houve a utilização de 1.698 veículos, além de 33 navios e embarcações, 27 helicópteros, oito aeronaves e um Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant).

O aparato utilizado e o trabalho coordenado entre militares das Forças Armadas e profissionais de segurança pública foram alguns dos aspectos que contribuíram para que o evento transcorresse com tranqüilidade, sem nenhum incidente grave.

Na avaliação do ministro da Defesa, Celso Amorim, o esquema de segurança adotado na Rio+20 foi bem-sucedido. “Percebi as pessoas se sentindo seguras, mas, ao mesmo tempo, sem se sentir excessivamente restringidas. Acho que é assim que deve ser”, disse o ministro.

O planejamento das ações de segurança da Rio+20 foi elaborado pelo Ministério da Defesa, sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). A execução ficou a cargo do Comando Militar do Leste (CML) do Exército, e contou com a participação da Marinha, Aeronáutica, além de várias instituições de segurança pública federais, estaduais e municipais.

altDurante o período da conferência, as tropas atuaram na extensão de 50 quilômetros – desde a Base Aérea do Galeão e do Aeroporto Internacional Tom Jobim até o Riocentro. O plano de segurança teve por finalidade a proteção de 93 chefes de Estado e de Governo, num total de 209 delegações, bem como a participação de representantes da sociedade civil. Foram investidos R$ 96,160 milhões nas atividades de segurança.

Para o chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi, a integração entre as forças envolvidas no esquema de segurança foi fundamental para o bom desempenho das ações na conferência. “A ampla integração entre as instituições envolvidas fez com que aquilo que planejamos ocorresse sem qualquer incidente”, destacou. “Com a Rio+20, ganhamos experiência para os próximos grandes eventos”, acrescentou.

Uso de tecnologia

Um dos pontos importantes para o sucesso da operação foi o uso de mais recursos de tecnologia. Diferentemente do que ocorreu na Rio92, as Forças Armadas reduziram o emprego ostensivo de armamentos e blindados. Segundo o general De Nardi, o momento atual do Rio de Janeiro também possibilitou o monitoramento à distância. “O Rio está mais tranquilo. A segurança pública está melhor que em 1992. Hoje temos diversas comunidades pacificadas. Isso foi importante”, afirmou o chefe do EMCFA.

A defesa cibernética requereu expressiva atenção no planejamento. No Riocentro foi montado o Departamento de Defesa Cibernética para realização do monitoramento de ações de colocassem em risco setores controlados por computadores conectados à internet. Na prática, técnicos integrantes do CDCiber, sediado em Brasília, trabalharam com a finalidade de evitar ataques de hackers. Durante a conferência ocorreram 124 eventos contra redes ou sites, mas todos foram neutralizados pelos profissionais envolvidos na execução da tarefa.

altGrandes eventos

A Rio+20 transformou-se numa espécie de teste para a segurança de outros grandes eventos que ocorrerão no Brasil. Embora reconheça que diferentes eventos têm abordagens distintas de segurança, o general De Nardi acredita que há vários aspectos comuns que são incorporados pelas instituições envolvidas. Como exemplo, De Nardi menciona que a grande diferença entre a conferência e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) está relacionada à segurança pública.

Enquanto na Rio+20, diz ele, o plano levou em consideração a quantidade de autoridades de outros países, a JMJ vai estar voltada à proteção de 3 milhões de católicos que irão ao Rio para o encontro com o papa Bento 16. “Já na Copa das Confederações e na Copa do Mundo Fifa 2014 teremos maior atenção na segurança pública nos estádios e nas proximidades do locais onde serão realizadas as partidas de futebol”. “Além disso, o plano será pulverizado em função de termos 12 cidades-sede para a Copa e sete para o torneio das confederações”, explicou.

Segurança no Riocentro


Desde o dia 5 de junho, quando o Riocentro passou a ser território da Organização das Nações Unidas (ONU), o plano de segurança ganhou reforço de 1,3 mil militares da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada. Na parte externa, ocorreu o emprego da Brigada Paraquedista, com apoio das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Guarda Municipal do Rio de Janeiro.

Para dar segurança às delegações dos chefes de Estado ou de Governo que estiveram na conferência da ONU, seja no deslocamento dos comboios ou nos hotéis e locais de atividades, o plano teve a participação de 470 batedores que formaram 52 equipes especializadas. O tráfego aéreo de monitoramento das comitivas contou com a proteção de 27 helicópteros nos cerca de 50 quilômetros da orla carioca. Além do Riocentro e do Aterro do Flamengo, os militares atuaram na região dos 38 hotéis onde estiveram hospedados os delegados participantes da Rio+20.

altTráfego aéreo

Para garantir a segurança dos chefes de Estado e de Governo, o tráfego aéreo foi fechado para outras aeronaves num raio de quatro quilômetros no espaço do Riocentro. As chegadas e partidas dos aviões foram feitas pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), instalado ao lado do Aeroporto Santos Dumont. De lá foram transmitidas orientações de pouso e decolagem das aeronaves no período da conferência. Pelo menos 63 aviões utilizaram o pátio do Aeroporto Internacional Tom Jobim.

“O fechamento do espaço aéreo é normal em todos os países onde ocorrerem eventos deste porte. Aqui não seria diferente. Os setores que se manifestaram contrários a isso desconhecem a necessidade da segurança nos locais dos eventos”, disse o general De Nardi.

Elogios à segurança

O sistema de segurança da conferência colocado em prática mereceu elogios de autoridades governamentais, de representantes da sociedade civil e de outros países.

Dos 24.833 militares e civis que estiveram envolvidos na segurança da conferência, 3,2 mil foram da Marinha, 7.491 do Exército e 5.170 da Força Aérea. Os outros 8.972 são integrantes de órgãos de segurança pública federais, estadual e municipal. O plano de segurança contou também com tropas especialmente treinadas para atuação, prevenção e reação a ataques terroristas. Houve também contingente para atuar na defesa química e bacteriológica. Para possíveis casos de ataque aéreo ou de entrada de qualquer aeronave sem a devida autorização, foram alocados para bases do Rio de Janeiro aviões Super Tucanos e caças F-5M.

altMarinha do Brasil

A Marinha atuou na segurança da Rio+20 por meio do 1º Distrito Naval. Foram empregados 3,2 mil militares, 31 embarcações (navios-patrulha, rebocadores e lanchas), dois navios de porte médio (uma fragata e uma corveta) encarregados no controle marítimo, além de seis aeronaves.

O Grupamento de Mergulhadores de Combate (Grumec), unidade de Forças Especiais da Força Marítima, também participou do plano de segurança.

Exército Brasileiro

A 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada em Juiz de Fora (MG) dividiu com o Departamento de Segurança das Nações Unidas o controle do Riocentro. Num primeiro instante atuou com 1,3 mil militares. No período da reunião de Alto Nível, que teve a participação dos chefes de Estado e de Governo, o local teve o emprego de 2.364 militares. Na parte externa, a segurança ficou a cargo da Brigada de Infantaria Paraquedista, tropa de elite situada na Vila Militar, no Rio de Janeiro.

As ruas na capital fluminense foram patrulhadas por tropas paraquedistas. Equipamentos como os tanques Cascavel e Urutu ficaram nas imediações do Riocentro. Na sede do Comando Militar do Leste (CML) ficou o principal centro de coordenação e controle do esquema de segurança. O centro foi equipado com Pacificador – sistema de tratamento de incidentes com utilização de 250 smartphones. Cerca de 550 câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) transmitiram imagens on-line dos principais pontos da cidade.

altForça Aérea Brasileira

A Aeronáutica empregou 5.170 militares. A FAB manteve na Base Aérea de Santa Cruz, por exemplo, caças F-5M de alta performance e A 29, o Super Tucano, além de helicópteros H-60 Black Hawk e AH2, de fabricação russa, que podiriam usados na interceptação de aeronaves. Os aviões radares também foram empregados no patrulhamento do espaço aéreo do Rio.

A FAB também manteve a segurança nas três bases aéreas – Galeão, Afonsos e Santa Cruz – e tropas ficaram de prontidão para eventual emergência. No Galeão, porta de entrada e saída das delegações, atiradores de elite e tropas do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) permaneceram à disposição.

Balanço de segurança na Rio+20

Contingente empregado

Marinha do Brasil - 3.200
Exército Brasileiro - 7.491
Força Aérea Brasileira – 5.170
Órgãos de Segurança Pública – 8.972
Total: 24.833

Veículos utilizados
Motos – 470
Automóveis/vans – 825
Ônibus – 05
Viaturas – 388
Viaturas blindadas – 10
Navios e embarcações – 33
Helicópteros – 27
Aeronaves – 07
Vant – 01

Delegações
93 chefes de Estado e de Governo
209 delegações estrangeiras

Investimentos
R$ 96,160 milhões

Fotos: Felipe Barra e Johnson Barros/ FAB
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
61 3312-4356

Defesa terá R$ 1,527 bilhão do PAC Equipamentos



Brasília, 27/06/2012 –
O Ministério da Defesa terá R$ 1,527 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos. Os recursos serão para compra de 4.170 caminhões, 40 carros de combate Guarani e 30 veículos lançadores de mísseis Astros 2020. O repasse do dinheiro foi autorizado, hoje (27), por meio de Medida Provisória assinada pela presidenta Dilma Rousseff em cerimônia ocorrida no Palácio do Planalto. Este programa destinará R$ 8,43 bilhões em 2012 e tem por objetivo estimular a economia brasileira com a ampliação dos investimentos e geração de emprego e renda.

A MP encaminhada ao Congresso Nacional libera R$ 6,611 bilhões do orçamento que estavam contingenciados. Os detalhes do PAC Equipamentos foram divulgados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao justificar que o governo federal toma tais medidas para estimular a economia nacional. De acordo com o ministro, em função da crise europeia, que tem efeitos imediatos na economia mundial, o governo toma “um conjunto de medidas para ampliar os investimentos, estimular a demanda, aumentar a confiança e acelerar o crescimento”.

Conjuntura econômica

Em discurso, a presidenta Dilma lembrou a conjuntura econômica conturbada pela qual o mundo atravessa e a comparou o momento econômico de 2008, iniciado no setor imobiliário dos Estados Unidos. Ela frisou que a crise do fim da década passada perdura e assume novas formas no momento atual.

“Agora, esse cenário nos preocupa, mas não nos amedronta. É importante ter consciência dele para evitar que nesse momento sejam feitas aventuras fiscais. Nenhum país do mundo, hoje, se permite uma política fiscal que não leve em conta, sobretudo, investimentos. Aventuras fiscais é a gente se comportar como se não estivesse acontecendo nada. Nós não nos amedrontamos, mas não podemos fingir que nada está acontecendo”, disse.

E para fazer frente ao momento atual, segundo destacou, o governo vem tomando medidas que incrementem o mercado interno. No discurso, Dilma Rousseff destacou também a importância do programa na destinação de recursos ao Ministério da Defesa para a compra de equipamentos para as Forças Armadas.

“Todas as compras que nós lançamos antes vão atender às necessidades do povo brasileiro. Eu vou citar: os ônibus para transporte escolar; os caminhões e veículos para as Forças Armadas, que têm de ser reequipadas, na medida em que cumprem um papel essencial; as ambulâncias para expandir o Samu; os caminhões e perfuratrizes para poços artesianos, facilitando o combate à seca; as retroescavadeiras, como eu disse, para manutenção das estradas vicinais; os mobiliários para as escolas públicas”, contou.

Compras da Defesa

O Ministério da Defesa receberá R$ 1,527 bilhão para equipamentos militares desenvolvidos a partir de projetos nacionais fabricados no Brasil. Deste total, R$ 342,4 milhões serão para a compra de 40 blindados Guarani. Como o Exército já tinha encomendado 21 unidades do tanque para este ano, o PAC Equipamentos permitirá que outros 19 Guarani sejam acrescidos à lista.

O plano também prevê R$ 246 milhões para adquirir 30 unidades do Veículo Lançador de Míssil – Astros 2020. Os R$ 939,6 milhões restantes serão para compra de 4.170 caminhões de diferentes tipos e modelos destinados ao transporte de tropas e de cargas, baú, basculante, pipa, combate a incêndio e de uso geral. Esses veículos se somarão aos 900 inicialmente previstos, totalizando encomenda de 5.070 caminhões em 2012.

Sobre os equipamentos:

Blindados - O Guarani é um projeto do Exército Brasileiro. Trata-se do primeiro modelo de uma família de blindados a ser produzida no país, em Minas Gerais, pela empresa Iveco. Esses carros de combate anfíbios sobre rodas substituirão, gradualmente, os atuais blindados utilizados pelo Exército (Urutu, Cascavel), que foram fabricados pela Engesa e estão com mais de 30 anos de utilização.

Astros 2020 - Trata-se de um sistema nacional de lançamento de foguetes e mísseis desenvolvido pelo Exército e fabricado pela empresa Avibrás, de São José dos Campos. Sucesso comercial, o lançador sobre rodas já foi exportado para vários países e vai aparelhar unidades de combate da artilharia do Exército. O 2020 é o modelo mais atual do lançador de foguetes terra-terra.

Benefícios - Os dois projetos (blindados e Astros 2020) são projetos estratégicos e estão em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa (END). Deverão constar também no Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED), que está em fase de conclusão no Ministério e orientará as aquisições de equipamentos e produtos de defesa até 2030.

Ambos os projetos funcionarão como estímulo à inovação e à produção nacional de meios tecnologicamente avançados. Ou seja, têm o viés de promover efetividade da capacidade de defesa e também de impulsionar a competitividade da indústria nacional nos mercados interno e externo, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

A compra dos caminhões reforçará a mobilidade e a logística das Forças Armadas. Os veículos incrementarão a capacidade das Forças de atuar em situações dentro e fora do meio militar, tais como auxílio da população civil em catástrofes naturais (enchentes, secas etc).

Fotos: Felipe Barra e Tereza Sobreira
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
61 3312-4070

domingo, 1 de julho de 2012

A história da Escola Nacional de Informações



Brasil - A história da Escola Nacional de Informações

Você pode não saber, mas enquanto está aí lendo revista existe um departamento de funcionários públicos em Brasília bisbilhotando a vida dos brasileiros – quem sabe, você até está na lista dos investigados. E se você não tinha a menor idéia de que seus impostos financiam um serviço desse tipo (espionagem, para ficar claro do que estamos falando) não se preocupe: é apenas mais um dos que nunca ouviram falar na escola brasileira de espiões, que completa 35 anos de existência em março em plena fase de recuperação da efervescência dos velhos tempos. Só em 2005, a instituição – que atualmente se chama Escola de Inteligência (Esint) – formou cerca de 160 novos agentes secretos. Todos devidamente submetidos a estágios de 3 meses e ao currículo que inclui aulas como disfarce, espionagem eletrônica, criptografia, produção de documentos sigilosos e "entrevista", ou seja, a arte de tirar informações de um interlocutor.
Criada oficialmente em 1971, com o nome de Escola Nacional de Informações (Esni), a instituição nasceu para suprir a ditadura de agentes secretos e agir como um dos braços do temido Serviço Nacional de Informações (SNI). Seu mentor foi o general Emílio Garrastazu Médici, ex-chefe do SNI e presidente da República entre 1969 e 1974, os anos mais ferozes da repressão brasileira.
Como não poderia deixar de ser, a instalação da Esni foi cercada de mistérios e segredos. Quem deu uma boa ajuda para montar a escola foi a Agência Central de Informações, a CIA. No começo de 1971, foram enviados a Washington, numa missão secreta, dois veteranos do SNI: o general Enio dos Santos Pinheiro, que seria o primeiro diretor-geral da escola, e o almirante Sérgio Doherty. A dupla ficou algumas semanas enfurnada num hotel da cidade e lá mesmo recebeu o treinamento da CIA. Numa das poucas vezes que puderam deixar o prédio, os brasileiros foram levados para uma base militar onde assistiram a uma aula real de interrogatório – afinal, se o SNI trabalhava diretamente ligado aos órgãos da repressão, precisava saber como era feito o serviço sujo. Os americanos ensinaram que a primeira providência era tirar a roupa do prisioneiro, como forma de quebrar sua resistência por meio da humilhação. Depois disso, enquanto um agente fazia perguntas ao prisioneiro, outro tomava nota das respostas e um terceiro assistia a tudo, numa sala contígua, escondido atrás de um espelho falso.
De volta ao Brasil, os militares brasileiros produziram as primeiras apostilas do serviço secreto (veja quadros ao longo da reportagem), copiadas de manuais da CIA. Enquanto o material didático da escola era elaborado, a sede da escola era erguida – e como tudo naquela época de milagre econômico, a ordem era pensar grande. Muito grande. O local escolhido para abrigar a Esni, junto com a nova sede do SNI, foi um terreno gigantesco na capital federal, no Setor Policial Sul, com 200 mil metros quadrados (equivalente a metade da área do Vaticano). As instalações – que continuam todas lá, iguaizinhas ao que eram na década de 1970 – eram sofisticadas a ponto de causar espanto nos agentes secretos de países ricos que visitavam a escola.
A vedete da Esni era um estande de tiro subterrâneo. Projetado e construído nos EUA, tinha cabines à prova de som separadas por vidros blindados. Um sistema de comunicação permitia ao instrutor falar com os alunos por meio de microfones e fones de ouvido. Os alvos eram mantidos na posição correta com a ajuda de jatos de ar, o que fazia com que permanecessem no lugar mesmo depois de atingidos. O atirador, por sua vez, podia conferir o resultado de sua performance acionando um botão que fazia com que o alvo viesse até ele, deslizando num trilho suspenso.
A obra tinha outros requintes. Um deles era o cine-auditório, um dos primeiros espaços no Brasil para projeção de filmes e realização de conferências em que todos os assentos (na verdade, largas e confortáveis poltronas de couro) tinham fones de ouvido com regulagem de som. Nos primeiros anos da escola, a maioria dos filmes exibidos no cine-auditório eram produções de países comunistas, apreendidas em batidas militares e policiais. As fitas – como é o caso de Construção de um Monumento a Lenin em Leningrado, exibida pela primeira vez no dia 2 de outubro de 1973 – serviam para mostrar aos alunos como agiam e pensavam os comunistas, os inimigos da hora.
Também havia refeitório, sala de jogos e alojamentos com capacidade de abrigar cerca de 150 alunos simultaneamente. Uma bela praça de esportes, com duas piscinas, pista de corrida, campo de futebol gramado, ginásio poliesportivo e uma sala com aparelhos de ginástica completava o conjunto. Detalhe: temendo que os segredos de sua escola de espiões caíssem nas mãos dos inimigos comunistas, o SNI nunca pediu o habite-se do conjunto de prédios ao Conselho de Arquitetura do Distrito Federal. E ninguém nunca cobrou também.
Sala de aula
Durante quase duas décadas, a Esni promoveu 3 cursos regulares. Com duração de um ano letivo, o Curso A era uma espécie de pós-graduação, voltado para a formação de chefias. Restrito a quem tivesse o 30 grau concluído ou, no caso dos militares, curso de Estado-Maior, abordava com profundidade temas políticos, econômicos e sociais brasileiros com análise de conjunturas e estudo de casos.
O Curso B, com duração de um semestre, era destinado aos analistas de informações (a turma que ficava nos escritórios do SNI, processando informações), com uma carga teórica bastante pesada, que incluía matérias como sociologia, história e ciências políticas. Os alunos do Curso B eram iniciados na história do comunismo desde o surgimento da doutrina, passando pela Revolução Russa até chegar à revolução cubana.
O Curso C, por sua vez, formava os agentes de rua. Tinha o processo de seleção mais rigoroso, justamente por envolver as atividades mais perigosas e delicadas do serviço secreto. Realizado em um semestre, as aulas do curso tratavam de técnicas de vigilância, escutas telefônicas, gravação de conversas por meio de microfones, métodos de interrogatório. Na década de 1980, a Esni chegou a contratar um maquiador da TV Globo para ensinar aos alunos como esconder a verdadeira identidade com a ajuda de cremes, lápis e pós compactos.
Foi com os ensinamentos do Curso C que, em meados da década de 1980, o SNI realizou uma de suas missões mais espetaculares. No início do governo Sarney (1985-1990), Cuba planejava instalar uma representação diplomática no Brasil, depois de mais de duas décadas de rompimento entre os dois países. Uma equipe de agentes conseguiu se infiltrar entre os operários da obra da embaixada cubana que estava sendo construída em Brasília e instalou, na sala do futuro embaixador, uma escuta ambiental (aparelho minúsculo que capta o som ambiente e o retransmite para um receptor localizado a quilômetros de distância). O mesmo foi feito num apartamento de Brasília escolhido para abrigar um importante diplomata cubano. Após despistar o porteiro do prédio, agentes entraram no apartamento, ainda desocupado, desmontaram um armário embutido e esconderam atrás dele a escuta ambiental. Foi uma das operações mais complexas do SNI, por envolver, ao mesmo tempo, vários tipos de equipes – infiltração, invasão e espionagem eletrônica, entre outras.
O resultado, porém, foi péssimo (e, nesse caso, por pura competência dos meninos de Fidel Castro). A escuta instalada na embaixada acabou não funcionando porque os cubanos tiveram o cuidado de "blindar" a sala do embaixador com uma espécie de capa de aço antiescuta, que impedia a transmissão do som. Já na residência do diplomata cubano, o fracasso teve um motivo mais prosaico. A escuta deveria ficar no escritório do diplomata, mas, na última hora, o cubano resolveu transformar o cômodo em sala de televisão. Assim, durante anos, a escuta captou diálogos de novelas e conversas casuais ocorridas nos intervalos dos programas de TV. Os grampos acabaram descobertos em 1990, quando Fidel veio ao Brasil para a posse de Fernando Collor. Para não constranger as autoridades brasileiras num momento de festa, Cuba fez apenas um protesto reservado.
Depois de formar mais de 2 mil agentes nos anos 70 e 80, a escola literalmente parou com a chegada do primeiro presidente eleito pelo voto direto pós-ditadura. Com a decisão de Collor de extinguir o SNI, a escola ficou sem clientela. Para apagar a memória dos tempos da ditadura, ganhou nome novo – Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Recursos Humanos (Cefarh). Mas ficou às moscas. Seus dirigentes, porém, não deixaram de conservá-la, prevendo que aquela fase um dia passaria. E passou.
Espião burocrata
A partir de 1992, após o impeachment de Collor e a ascensão de Itamar Franco, a escola voltou a funcionar. Três anos depois, admitiria sua primeira turma de estagiários recrutados por concurso público. O polêmico processo de seleção é, na verdade, uma exigência da Constituição de 1988, que determina a realização de concurso público para a contratação de funcionários federais de carreira. Mesmo se esses funcionários forem os espiões da República.
Assim, desde 1994, todo aspirante a agente secreto tem de passar pelas duras provas do concurso, que incluem português, língua estrangeira, política e economia contemporâneas, história e geografia do Brasil e do mundo, noções de direito e exames médicos. O candidato também tem sua vida revirada de cima a baixo pelo serviço secreto, incluindo pesquisa de antecedentes criminais e entrevista com vizinhos e conhecidos. E, ao final da 1a fase do processo de seleção, o candidato é submetido a um estágio comprobatório na escola, que pode durar de 3 a 4 meses, período em que ele pode ser desligado, caso não atinja rendimento satisfatório.
Aqueles que conseguem passar pela peneira tem de se ajustar a um regime rigoroso na escola. Rebatizada em 1998 com o nome de Escola de Inteligência (Esint), a instituição praticamente segue as mesmas regras de conduta da época da fundação no regime militar. A começar pelo uso de terno e gravata em sala de aula. Os estagiários também são obrigados a fazer educação física e têm conversas regulares com o psicólogo da escola. As aulas começam às 8 e terminam às 18 h, com um intervalo de duas horas para almoço. Os estagiários são ostensivamente monitorados por funcionários da escola, que se sentam no fundão das salas de aula. Alguns professores costumam registrar as aulas com câmeras escondidas. Depois, mostram didaticamente aos alunos-candidatos como fazer o mesmo.
A partir de 1998, no 2o mandato de Fernando Henrique Cardoso, o serviço secreto e sua escola ganharam mais status. E também verbas. O orçamento anual das duas instituições, que é bancado pelos cofres públicos, beira o equivalente a 40 milhões de dólares. O montante é relativamente pequeno, se comparado com outros países, até mesmo vizinhos, como a Argentina, onde gasta-se quase o dobro desse valor. O dinheiro sustenta uma estrutura que inclui centenas de especialistas nos mais variados assuntos, que passam o dia estudando os temas que escolheram – Movimento dos Sem-Terra, fusão nuclear a frio, questão palestina, lavagem de dinheiro em paraísos fiscais, África setentrional, igrejas, internet, mata atlântica, o que for. A manutenção desse exército de especialistas se deve à necessidade de manter o presidente da República informado sobre qualquer tipo de assunto. Se os EUA resolverem invadir o Irã amanhã, alegando que o país muçulmano produz armas atômicas, ou se estourar uma guerra civil na Bolívia por causa da disputa comercial envolvendo o gás natural, cabe ao serviço secreto brasileiro produzir relatórios atualizados tanto sobre os países quanto sobre os assuntos que levaram às crises.
Mas apesar de lidar com assuntos de todo o planeta, o serviço secreto brasileiro atua com base na chamada doutrina do "inimigo interno". Ou seja, o inimigo mais perigoso do Brasil é o próprio brasileiro, que, por causa disso, precisa ser vigiado. Ao contrário de seus colegas americanos da CIA, franceses da DGSE, alemães do BnD e ingleses do MI-6, que procuram seus inimigos entre os estrangeiros, os espiões brasileiros vivem de bisbilhotar seus compatriotas – uma postura herdada da guerra fria e, ainda hoje, típica dos serviços secretos de países subdesenvolvidos e não democráticos.
Os interessados na carreira devem ficar de olho no site do serviço secreto (www.abin.gov.br), que publica informações sobre os concursos para agentes. O estagiário aprovado no concurso recebe uma bolsa durante o período em que está na escola e, ao final do processo, caso seja definitivamente aprovado, começa com um salário inicial que varia de 1 916 a 3 230 reais.
Mesmo dentro do serviço secreto, o calouro é vigiado pelos colegas, durante alguns anos, antes de receber missões mais delicadas. Assim, antes de partir para as missões clandestinas na rua, sob o manto de falsas identidades, o novato terá de passar muito tempo atrás de escrivaninhas, analisando papéis sem grande importância. A vida de agente secreto também tem o seu lado monótono.
Lição 1: como virar um ninja em 37 etapas.
Apostila: Programa de defesa pessoal e exercícios correlatos.
Em 1973, quando a escola dava os primeiros passos, foi redigida esta apostila sigilosa. Na época, o SNI imaginava que seus agentes poderiam recorrer ao jiu-jítsu caso atacados desarmados. "Qualquer pessoa pode ocasionalmente ver-se obrigada a agir só e sem armas para salvaguardar seu corpo ou bens. É óbvio quanto vale então ser pessoalmente uma máquina de combate", dizia o texto da apostila. Com fotografias toscas, o manual ensinava 37 golpes de defesa para situações como "facada na barriga", "facada no peito", "soco na barriga", "revólver na barriga", "gravata por trás", "gravata pela frente", "gravata com socos", "esganamento" e "bengalada de perto". A defesa obviamente acabava virando ataque, com golpes do tipo "pezada no estômago" e "pezada nas partes baixas". Ui!!!
Lição 2: A arte de interrogar.
Apostila: Interrogatório de suspeitos (2) - Técnicas e processos.
Essa apostila ensinava como perceber uma mentira e, a partir da descoberta, pressionar o interrogado. De acordo com o manual, eram vários os indícios da lorota. Se o interrogador visse a carótida do interrogado pulsar, deveria dizer: "Você está tão perturbado e consciente de sua mentira que essa veia no seu pescoço parece que vai arrebentar. Isto nunca acontece com uma pessoa que esteja dizendo a verdade." Outro indício de mentira era secura na boca. "É um sintoma fisiológico que pode ser observado pelo constante engolir seco, acompanhado de freqüentes movimentos de língua para umedecer os lábios." E se o preso alegasse passar mal, pior para ele. "É interessante sugerir que (...) esta peculiar sensação, como se estivesse com o estômago embrulhado ou um nó-nas-tripas, é o resultado de uma consciência pesada."
Lição 3: Meu nome é Paiva... Cleobaldo Paiva.
Apostila: Segurança das instalações.
Ao ingressar na escola, o agente era apresentado ao "decálogo da segurança", que, entre outras normas, determinava:
• "Não deposite na cesta de papéis: rascunhos, notas, cópias carbono e estêncil de documentos sigilosos. Use somente a caixa apropriada";
• "Sua condição de homem de informações e suas obrigações não deverão ser objeto de conversas em reuniões sociais, bares, restaurantes etc.";
• "Tenha sempre em mente que nas reuniões sociais você não sabe quem está escutando"; Outra apostila, de 1978, dizia que, dentro da escola, era obrigatório usar crachá. Um modelo era até exibido no manual, com o desenho de um homem de bigode, cara de mau e um nome fictício: Cleobaldo Paiva. A carteira de agente secreto também tinha número de registro: 0007.
Lição 4: fotógrafo oculto.
Apostila: Emprego de meios fotográficos.
Elaborada pelos instrutores em 1973, a apostila ensinava aos agentes, em 75 páginas, como tirar fotos com qualidade de seus alvos. Curiosamente, não havia uma única menção ao emprego da fotografia na espionagem (essa parte era feita pelos instrutores, em exposições orais nas salas de aula). A apostila, ao contrário, era de uma leveza e poesia juvenil. Um exemplo: "Pequenos animais e pequenas flores quando fotografados de perto poderão nos mostrar detalhes de aspectos e de cores que nunca antes havíamos observado. (...) As fotos de perto realmente são interessantes e nos farão descobrir um mundo novo e excitante. Pratiquem portanto este tipo de fotos e boa sorte." Que meigo, não?